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O ARTILHEIRO

Mario Kempes

País: Argentina
Gols: 6

Jogos: 7
Idade: 23 anos

No auge da ditadura militar argentina, Kempes, então com 23 anos, foi um dos dois únicos jogadores quem atuavam em clubes estrangeiros a serem convocados pelo treinador César Luis Menotti para a Copa do Mundo de 1978. "Forte e habilidoso, Kempes abre espaços e chuta com força. Ele é um jogador que pode fazer diferença como centroavante", descreveu Menotti ao anunciar a equipe da Argentina.

Apesar de os anfitriões terem avançado à segunda fase, Kempes passou em branco -não marcou um único gol. Supersticioso, o técnico argentino pediu que o jogador raspasse o bigode para trazer mais sorte. E o truque deu certo: o atacante foi o maior artilheiro do torneio, com seis gols, e foi eleito o melhor jogador da Copa.

Kempes foi fundamental na conquista argentina, anotando gols decisivos. Contra a Polônia, marcou dois; na vitória frente o Peru, fez mais dois; e, na grande final contra a Holanda, marcou dois dos três gols da Argentina na vitória por 3 a 1. O primeiro foi aos 38 minutos do primeiro tempo, e o segundo, após uma de suas típicas arrancadas, aos 15 minutos da prorrogação.
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A MÁQUINA

Holanda

Colocação: Vice
Jogos: 7

Vitórias: 3
Gols pró: 15

Quatro anos depois, o "futebol total" da Holanda, que marcou época com um estilo veloz e criativo, voltou a disputar uma final de Copa do Mundo. E outra vez não levou o título para casa. As estrelas Johan Neeskens e Jonny Rep bem que tentaram, mas não conseguiram superar a ausência da estrela do time, Johan Cruyff, que se negou a participar da competição na Argentina em protesto contra a ditadura.

A Holanda começou tímida na competição e teve dificuldades em passar pela primeira fase. Venceu o Irã, empatou com o Peru e perdeu para a Escócia. O "carrossel" holandês só começou a engrenar na segunda fase. Venceu a Áutria por 5 a 1, empatou com a Alemanha em 2 a 2 e venceu a Itália por 2 a 1.

Na final contra os argentinos, Nanninga empatou nos últimos minutos e levou o jogo para a prorrogação. No tempo extra, porém, Kempes e Bertoni puseram um fim na era da era "laranja mecânica".
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O CRAQUE

Johan Neeskens (HOL)

Johan Neeskens foi mais um dos símbolos de uma escola de futebol que inspirou toda uma geração. Ao lado do xará Cruyff e da "laranja mecânica", era um meia que armava as jogadas com versatilidade. Neeskens era extremamente dedicado e guerreiro na marcação, mas tinha leveza e alta qualidade técnica com a bola nos pés.

Apesar de não ser um artilheiro nato, também fazia gols em partidas decisivas. Comandando com maestria o meio-campo dos vice-campeões, teve atuações que se tornaram inesquecíveis para especialistas, jogadores e torcedores da sua época.

A SURPRESA: Tunísia

Além de vencer o México por 3 a 1 na estréia, entrando para a história como o primeiro país africano a conquistar uma vitória em Copas, a Tunísia empatou com a Alemanha, então a campeã mundial, e perdeu por apenas um gol da Polônia. Uma ótima campanha para um time sem um histórico expressivo.

A GARFADA: BRA 1 x 1 SUE

Na estréia contra a Suécia, a seleção brasileira passou por uma situação inusitada em Mar del Plata. Empatava o jogo em 1 a 1, quando, já nos minutos finais, os suecos cederam um escanteio aos brasileiros. Nelinho cobrou, e Zico escorou com perfeição para o fundo das redes. Mas o gol que daria a vitória ao Brasil foi invalidado. O árbitro galês Clive Thomas alegou ter apitado o fim da partida com a bola ainda no ar. O erro custou caro a Thomas, que foi afastado informalmente da Copa.

A ZEBRA: AUT 3 x 2 ALE

Os austríacos surpreenderam os alemães, então atuais campeões mundiais, em partida válida pela segunda fase. Mais de 30 mil espectadores acompanharam a atuação da equipe austríaca, que garantiu a vitória com um gol de Johan Krankl aos 42min do segundo tempo e acabou com qualquer chance da Alemanha.

A MURALHA

Fillol (ARG)

O goleiro Ubaldo Matildo Fillol foi um dos destaques da conquista argentina no Mundial de 1978, sofrendo apenas quatro gols em sete partidas. Com qualidade técnica e regularidade indiscutíveis, foi o titular do gol argentino por praticamente dez anos e participou de três Copas.

Pato Fillol, como era chamado, ficou conhecido por sua agilidade, seus reflexos rápidos e suas defesas em pênaltis. Considerado um dos maiores goleiros sul-americanos de todos os tempos, foi o que mais vezes vestiu a camisa da seleção da Argentina.

O MICO

Peru "entrega"

O Peru, com uma das melhores seleções de sua história, protagonizou a maior polêmica da Copa. Passou invicto pela primeira fase, com ótima atuação do astro Teofilo Cubillas. Na etapa seguinte, porém, não ganhou um jogo sequer. Perdeu para o Brasil (3 a 0) e para a Polônia (1 a 0). Mas o vexame ainda estava por vir. No jogo contra os argentinos, que precisavam vencer por quatro gols de diferença, os peruanos tomaram de 6 a 0.

O episódio levantou suspeitas de suborno, principalmente porque o goleiro do time peruano era o argentino naturalizado Ramon Quiroga.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Fillol (ARG)

Defesa:

2. Gentile (ITA)

3. Oscar (BRA)

4. Krol (HOL)

6. Passarella (ARG)

Meio-campo:

5. Flohe (ALE)

7. Ardilles (ARG)

8. Dirceu (BRA)

10. Neeskens (HOL)

Ataque:

9. Kempes (ARG)

11. Resenbrink (HOL)