Johan Neeskens foi mais um dos símbolos de uma escola de futebol que inspirou toda uma geração. Ao lado do xará Cruyff e da "laranja mecânica", era um meia que armava as jogadas com versatilidade. Neeskens era extremamente dedicado e guerreiro na marcação, mas tinha leveza e alta qualidade técnica com a bola nos pés.
Apesar de não ser um artilheiro nato, também fazia gols em partidas decisivas. Comandando com maestria o meio-campo dos vice-campeões, teve atuações que se tornaram inesquecíveis para especialistas, jogadores e torcedores da sua época.
Além de vencer o México por 3 a 1 na estréia, entrando para a história como o primeiro país africano a conquistar uma vitória em Copas, a Tunísia empatou com a Alemanha, então a campeã mundial, e perdeu por apenas um gol da Polônia. Uma ótima campanha para um time sem um histórico expressivo.
Na estréia contra a Suécia, a seleção brasileira passou por uma situação inusitada em Mar del Plata. Empatava o jogo em 1 a 1, quando, já nos minutos finais, os suecos cederam um escanteio aos brasileiros. Nelinho cobrou, e Zico escorou com perfeição para o fundo das redes. Mas o gol que daria a vitória ao Brasil foi invalidado. O árbitro galês Clive Thomas alegou ter apitado o fim da partida com a bola ainda no ar. O erro custou caro a Thomas, que foi afastado informalmente da Copa.
Os austríacos surpreenderam os alemães, então atuais campeões mundiais, em partida válida pela segunda fase. Mais de 30 mil espectadores acompanharam a atuação da equipe austríaca, que garantiu a vitória com um gol de Johan Krankl aos 42min do segundo tempo e acabou com qualquer chance da Alemanha.
O goleiro Ubaldo Matildo Fillol foi um dos destaques da conquista argentina no Mundial de 1978, sofrendo apenas quatro gols em sete partidas. Com qualidade técnica e regularidade indiscutíveis, foi o titular do gol argentino por praticamente dez anos e participou de três Copas.
Pato Fillol, como era chamado, ficou conhecido por sua agilidade, seus reflexos rápidos e suas defesas em pênaltis. Considerado um dos maiores goleiros sul-americanos de todos os tempos, foi o que mais vezes vestiu a camisa da seleção da Argentina.
O Peru, com uma das melhores seleções de sua história, protagonizou a maior polêmica da Copa. Passou invicto pela primeira fase, com ótima atuação do astro Teofilo Cubillas. Na etapa seguinte, porém, não ganhou um jogo sequer. Perdeu para o Brasil (3 a 0) e para a Polônia (1 a 0). Mas o vexame ainda estava por vir. No jogo contra os argentinos, que precisavam vencer por quatro gols de diferença, os peruanos tomaram de 6 a 0.
O episódio levantou suspeitas de suborno, principalmente porque o goleiro do time peruano era o argentino naturalizado Ramon Quiroga.
SELEÇÕES
1. Fillol (ARG)
2. Gentile (ITA)
3. Oscar (BRA)
4. Krol (HOL)
6. Passarella (ARG)
5. Flohe (ALE)
7. Ardilles (ARG)
8. Dirceu (BRA)
10. Neeskens (HOL)
9. Kempes (ARG)
11. Resenbrink (HOL)