UOL Esporte - Copa 2006UOL Esporte - Copa 2006
UOL BUSCA
Arquivo Folha Imagem

O ARTILHEIRO

Gerd Müller

País: Alemanha Oc.
Gols: 10

Jogos: 6
Idade: 24 anos

O currículo de Müller dispensa apresentações. "O Bombardeiro", seu apelido, é considerado um dos maiores atacantes de todos os tempos. No Mundial do México, formou com Wolfgang Overath, outra lenda do futebol alemão, uma dupla de ataque poderosa.

Em seis jogos, Müller balançou as redes 10 vezes, tornando-se o terceiro na lista dos jogadores que mais marcaram em uma mesma edição, atrás apenas aos 13 do francês Just Fontaine (1958) e aos 11 do húngaro Sandor Kocsis (1954). Só passou em branco na decisão do terceiro lugar, contra o Uruguai. Marcou três gols em duas partidas, diante de Bulgária e Peru, ainda na primeira fase. Balançou as redes da Itália duas vezes na semifinal, mas não conseguiu evitar a derrota na prorrogação.

Quatro anos depois, faria o gol da vitória sobre a Holanda por 2 a 1 na final, dando à Alemanha seu segundo título. Tem uma média impressionante de gols na carreira. Pela seleção, foram 68 em 63 partidas. Na Bundesliga (por Nordlingen e Bayern de Munique), anotou 447 gols em 490 jogos.
Arquivo Folha Imagem

A MÁQUINA

A melhor da história

Colocação: Campeão
Jogos: 6

Vitórias: 6
Gols pró: 19

Considerada por muitos a melhor seleção de todos os tempos, a equipe brasileira que conquistou o tricampeonato na Copa de 70 reuniu uma verdadeira constelação. Em campo, craques como Tostão, Rivellino, Gérson, Carlos Alberto Torres e Jairzinho, eram os coadjuvantes da estrela maior: Pelé.

Aliando a enorme técnica e habilidade individual de seus jogadores à um orquestrado jogo de equipe - como no gol da vitória sobre a Inglaterra e no que fechou a goleada sobrea Itália -, o time encantou o mundo com um futebol ofensivo, belo e eficiente.

A seleção teve 100% de aproveitamento no Mundial - ganhou todas as seis partidas disputadas, recorde de vitórias em um mesmo torneio até então, marcando 19 gols e sofrendo sete. No caminho, atropelou países tradicionais como Inglaterra (última campeã), Tchecoslováquia, Uruguai e Itália.
Arquivo Folha Imagem

O CRAQUE

Pelé (BRA)

O "Rei do Futebol" encerrou com chave de ouro sua participação em Mundiais. Estava no auge da carreira, aos 29 anos, e não decepcionou. Fez quatro gols, inclusive o primeiro da vitória por 4 a 1 sobre a Itália, na final. Imortalizou lances fantásticos que não terminaram em gol - como o chute do meio de campo contra a Tchecoslováquia e o drible de corpo no goleiro Mazurkiweicz.

A MURALHA: Sepp Maier (ALE)

"O Gato", como era conhecido, defendeu a Alemanha Ocidental em quatro Copas: 66, 70, 74 e 78. Reserva de Hans Tilkowski quatro anos antes, Maier foi figura importante na conquista da terceira colocação. Só não participou da decisão pelo lugar no pódio, em que os alemães venceram os uruguaios por 1 a 0. Mesmo assim, foi eleito o melhor goleiro em um torneio que tinha jogadores como Banks e Mazurkiweicz.

O MICO: TV, sol e altitude

A televisão começou a dar as cartas a partir da Copa do México. Primeira a ter transmissão ao vivo para todo o mundo, a competição teve vários jogos disputados sob o sol do meio-dia. Tudo para atender à programação das emissoras. Outro tormento para as seleções foi a altitude - o estádio Azteca, onde foi realizada a final entre Brasil e Itália, está mais de 2 mil metros acima do nível do mar.

A ZEBRA: ISR 0 x 0 ITA

Na última partida do Grupo A, ainda pela primeira fase, os italianos tiveram muita dificuldade contra Israel e não conseguiram mais do que um empate sem gols. Menos de 10 mil pessoas presenciaram o vexame no estádio Luis Dosal, em Toluca. O curioso é que, após uma primeira fase burocrática (vitória sobre a Suécia e empates contra Israel e Uruguai), a "Azurra" encontrou forças para chegar à final.

A SURPRESA

Peru

A seleção peruana aprontou mesmo antes de chegar ao México. Durante as eliminatórias para o Mundial, a equipe comandada pelo craque Teófilo Cubillas desclassificou a poderosa Argentina. Na Copa, o Peru, dirigido pelo brasileiro Didi, ficou em segundo lugar do Grupo 4, atrás do México. O time parou apenas nas quartas-de-finais, quando foi derrotado por 4 a 2 pelo Brasil. Cubillas foi o terceiro artilheiro da competição, com cinco gols.

A GARFADA

MEX 4 x 0 ELS

Aos 45min do primeiro tempo da partida entre México e El Salvador, pela segunda rodada do Grupo 1 da primeira fase, nenhum dos dois times havia aberto o marcador. Os salvadorenhos tinham uma falta a seu favor no campo de defesa. Inexplicavelmente, o mexicano Padilha tocou a bola e o jogo seguiu como se nada tivesse acontecido. Na sequência do lance inusitado, Valdivia recebeu bola cruzada na área e, sem marcação, empurrou para a rede. O árbitro egípcio Aly Hussein Kandil nada fez e validou o gol, que abriu caminho para a goleada mexicana, mas jamais voltou a ser escalado para um jogo de Copa.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Maier (ALE)

Defesa:

2. Carlos Alberto (BRA)

3. Cera (ITA)

4. Moore (ING)

Meio-campo:

5. Clodoaldo (BRA)

7. Beckenb. (ALE)

8. Gérson (BRA)

Ataque:

6. Rivellino (BRA)

9. Müller (ALE)

10. Pelé (BRA)

11. Jairzinho (BRA)