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O ARTILHEIRO

Leônidas da Silva

País: Brasil
Gols: 7

Jogos: 4
Idade: 25 anos

O atacante brasileiro Leônidas da Silva, considerado o inventor da bicicleta, terminou a Copa de 38 como o principal artilheiro. Existe, entretanto, uma polêmica quanto ao número de gols marcados por ele no torneio. Os jornais da época garantem que foram sete gols em três jogos - três na estréia contra a Polônia, dois sobre a Tchecoslováquia (um em cada jogo) e mais dois diante da Suécia na decisão do terceiro lugar. Na década de 40, começaram a dizer no Brasil que Leônidas teria marcado oito gols - quatro deles contra a Polônia. No site oficial da Fifa, ele também aparece com oito gols, mas teria feito dois no segundo duelo contra os tchecos. Nas contas do próprio Diamante Negro, porém, foram mesmo sete gols. Após a Copa, o carioca Leônidas se valorizou muito. Virou ídolo no Brasil e encerrou a carreira com 37 gols marcados em 37 jogos pela seleção.
EFE

A MÁQUINA

A primeira bicampeã

Jogos: 4
Vitórias: 4

Gols pró: 11
Gols contra: 5

Após o primeiro título mundial, conquistado em casa em 1934, a seleção italiana chegou à França como grande favorita. O time era ainda melhor do que o de quatro anos antes: Foni e Rava, a dupla de zagueiros, era mais jovem e segura; no meio, Andreollo criava mais; e, na frente, Piola resolvia. Além de uma equipe boa e confiante, a Itália contava com um incentivo que mais parecia uma ameaça. Na véspera do embarque para a França, o ditador Benito Mussolini enviou um telegrama ao técnico Vittorio Pozzo que dizia: "Vencer ou morrer". No dia do embarque, o "Duce" fez questão de se despedir pessoalmente dos jogadores e da comissão técnica. A pressão surtiu efeito. Os italianos venceram todos os quatro jogos que disputaram, marcando 11 gols e sofrendo apenas cinco. De volta ao país como os primeiros bicampeões da história, os jogadores foram recebidos na sede do governo, em Roma, e ganharam um polpudo prêmio em dinheiro.
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O CRAQUE

Silvio Piola (ITA)

Rápido e oportunista, o artilheiro Silvio Piola era a grande referência do ataque italiano. No total, marcou cinco gols no torneio, entre eles alguns importantes como o da vitória sobre a Noruega, no tempo extra, e os dois da final contra a Hungria. Piola só passou em branco no duelo contra o Brasil, na semifinal. Malandro e provocador, porém, fez com que Domingos da Guia o atingisse sem bola no pênalti que deu à Itália a vitória sobre o Brasil. Piola, que jogava na Lazio na época do Mundial, marcou 30 gols em 34 partidas pela Azurra. Em 17 anos, incluindo passagens por diversos clubes, o atacante jogou 642 partidas e anotou 405 gols.

A GARFADA: BRA 2 x 1 TCH

A segunda partida das quartas-de-final entre Brasil e Tchecoslováquia estava tensa. Começo do segundo tempo, 1 a 1 no placar. Em um chute rasteiro de Senecky, o goleiro Walter se atrapalhou e deixou a bola entrar. Sorte do Brasil que o árbitro francês não viu, e Roberto, pouco tempo depois, marcou o gol da vitória brasileira.

O MICO: W.O. da Áustria

A Suécia nem teve de jogar para passar pela primeira fase. Adversária dos suecos na estréia, a Áustria havia sido anexada pela Alemanha de Hitler três meses antes da Copa. Com isso, a Fifa decretou o W.O. da Áustria, embora vários jogadores austríacos estivessem jogando pela Alemanha em outra partida das oitavas-de-final.

A ZEBRA: CUB 2 x 1 ROM

O primeiro país da América Central a participar de uma Copa do Mundo vivia uma democracia e amava o futebol naquela época. Logo de cara, os cubanos pegaram a Romênia que, ao lado do Brasil, era o único país a chegar à fase final das três edições anteriores. No primeiro jogo, um empate de 3 a 3. No segundo, com grande atuação do goleiro Juan Ayra, Cuba virou o jogo para 2 a 1 e conseguiu a surpreendente classificação para as quartas-de-final.

A SURPRESA

Hungria

Era a segunda participação da seleção húngara em Copas. Em sua estréia, quatro anos antes, na Itália, a equipe havia caído nas quartas-de-final diante da Áustria. Na França, a Hungria foi ainda mais longe. Estreou contra a fraca equipe das Índias Ocidentais Holandesas (atual Indonésia) e venceu fácil por 6 a 0. Nas quartas, bateu a Suíça por 2 a 0, e, na semifinal, atropelou a Suécia por 5 a 1. Na decisão, perdida por 4 a 2, não deu para evitar o bi italiano. Mas a Hungria marcou seu nome na história chegando à decisão, feito que repetiria em 1954 contra a Alemanha.

A MURALHA

Planicka (TCH)

Ao lado do atacante Nejedly, o goleiro Planicka era o grande astro da equipe da Tchecoslováquia. Os dois jogadores eram os poucos remanescentes do time vice-campeão quatro anos antes, na Itália. No primeiro jogo, Planicka segurou o ímpeto da Holanda e garantiu o 0 a 0 no tempo normal. Na prorrogação, a equipe tcheca aproveitou a vantagem numérica para fazer três gols e ir às quartas-de-final. Apesar das grandes apresentações nas duas partidas seguintes (1 a 1 e 1 a 2), Planicka não conseguiu evitar a vitória brasileira. Mesmo assim, foi eleito o grande goleiro do Mundial.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Planicka (TCH)

Defesa:

3. Szalay (HUN)

4. Mattler (FRA)

Meio-campo:

2. D. da Guia (BRA)

5. Locatelli (ITA)

7. Andreollo (ITA)

Ataque:

6. Colaussi (ITA)

8. Sarosi (HUN)

9. Leônidas (BAR)

10. Piola (ITA)

11. Titkos (HUN)