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O CRAQUE

Giuseppe Meazza

País: Itália
Gols: 2

Jogos: 5
Idade: 23 anos

Meazza é considerado o melhor jogador italiano no período pré-Segunda Guerra. Começou a jogar com apenas 17 anos, na Ambrosiana (atual Inter de Milão). Bastaram três anos para ele ser convocado para a seleção, pela qual marcou 33 gols em 53 jogos - recorde superado somente nos anos 70, por Luigi Riva. Além do faro de gol, o "Pepino" tinha como pontos fortes a organização de jogadas ofensivas e as assistências. O jogador foi o cérebro da "Azurra" nas conquistas de 1934 e 1938. Nesta última, já consagrado, foi o capitão da equipe. Na carreira, atuou por Inter, Milan, Juventus e Atalanta. Em 440 jogos pela Série A italiana, marcou 269 gols. Hoje, dá nome ao estádio San Siro, de Milão, dividido pelos dois clubes da cidade.
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A MÁQUINA

"Squadra Azzurra"

Colocação: Campeã
Jogos: 5

Vitórias: 4
Gols pró: 12

Entre 1930 e 1934, a Itália foi derrotada apenas 3 vezes em 26 jogos (17 vitórias). A seleção comandada pelo lendário Vittorio Pozzo era uma máquina: bem entrosada e com jogadores talentosos, como Meazza, Schiavio e Orsi. Mesmo pressionados a vencer pelo regime fascista de Benito Mussolini, os italianos não decepcionaram. Pozzo isolou a delegação durante 60 dias em um hotel na fronteira com a Suíça. E a concentração parece ter dado certo. Os donos da casa souberam como derrotar equipes de tradição na época para manter o troféu no país - passou por EUA, Espanha, Áustria e Tchecoslováquia.
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A MURALHA

Ricardo Zamora (ESP)

Melhor goleiro espanhol da história, Zamora precisou de apenas dois jogos para comprovar essa condição. Foi fundamental no empate contra a Itália nas quartas. O único gol sofrido por ele foi irregular - Schiavio cometeu falta no goleiro. Zamora saiu contundido e não disputou o desempate, em que os italianos saíram vencedores. Pendurou as luvas em 1936 para participar da Guerra Civil. Depois, virou técnico e comandou a seleção de seu país.

OS ARTILHEIROS: Três com 4 gols

Nejedly (TCH) - Olda, como era conhecido, não era craque, mas tinha faro de matador. Anotou gols contra Romênia (1), Suiça (1) e Alemanha (2). Em 1938, na Copa da França, balançou as redes mais duas vezes. Sua média em Copas é de um gol por partida (6/6).

Schiavio (ITA) - Jogador do Bologna, foi o autor do gol que deu o título para a Itália, na prorrogação da final. Os outros três foram anotados na goleada contra os EUA, na estréia. Até ser superado pelo croata Suker (30 anos em 1998), ele foi o mais velho a ser o máximo goleador: tinha 28 anos na época.

Conen (ALE) - O menos conhecido dos artilheiros, o alemão fez quatro gols em sua única participação em Copas. Três deles foram anotados na vitória sobre a Bélgica, por 5 a 2, na estréia. Conen voltou a balançar as redes somente na vitória contra a Áustria (3 a 2), que garantiu o 3º lugar para a Alemanha.

O MICO: Que maravilha?

A Áustria chegou ao torneio com um apelido, no mínimo, pretencioso: "Wunderteam" (ou "Time Maravilha"). Até um ano antes da Copa, a Áustria havia realizado 16 partidas, com 12 vitórias, dois empates e duas derrotas - melhor retrospecto da Europa. O craque era o atacante Sindelar, chamado de "homem de papel" devido à sua agilidade. O time venceu apertado os dois primeiros jogos, contra França e Hungria. Mas perdeu os dois seguintes, para Itália e Alemanha, e acabou em 4º.

A ZEBRA: SUI 3 x 2 HOL

O nome do jogo foi o atacante suíço Kielholz, o primeiro a usar óculos em Mundiais, com dois gols. Antes do final, houve um lance polêmico. A Holanda tinha uma falta para cobrar perto da grande área, mas o árbitro sueco Ivan Eklind encerrou o jogo pouco antes da bola chutada por Smit entrar no ângulo.

A SURPRESA

Sufoco egípcio

O placar de 4 a 2 para os europeus não reflete o que realmente foi a partida. Após levar dois gols em menos de 20min, o time africano surpreendeu e empatou antes do final da primeira etapa. Depois do intervalo, porém, a Hungria voltou a liderar o placar, com gol marcado por Vincze. Mas os egípcios não desistiram e partiram novamente para o ataque. A equipe egípcia conseguiu o empate com Moukhtar, mas o árbitro italiano Reinaldo Barlassina anulou o gol de maneira equivocada. Faltando três minutos apra o término da partida, Toldi pôs números finais ao duelo que colocou os húngaros nas quartas-de-final.

A GARFADA

ITA 1 x 0 ESP

Jogando em casa, a seleção italiana teve a ajuda do "apito amigo" do suíço René Mercet para eliminar a Espanha nas quartas-de-final. Primeiro, ele não coibiu o estilo de jogo violento dos anfitriões. Logo aos 25min da primeira etapa, o atacante Bosch levou uma pancada de Monti e ficou o resto da partida mancando. Depois, já no segundo tempo, o árbitro anulou dois gols aparentemente legítimos da seleção espanhola. Campanal marcou, mas Mercet alegou impedimento de Regueiro, que não participou do lance. Mais tarde, o próprio Regueiro balançou as redes italianas, mas o árbitro invalidou o lance para marcar uma falta a favor da própria Espanha. Envergonhada, a comissão de arbitragem da federação suíca suspendeu René Mercet por tempo indeterminado após a Copa do Mundo.


SELEÇÕES

Goleiro:

1. Zamora (ESP)

Defesa:

3. Monzeglio (ITA)

4. Quinococes (ESP)

Meio-campo:

2. Ferraris (ITA)

5. Urbanek (AUT)

7. Monti (ITA)

Ataque:

6. Guaita (ITA)

8. Meazza (ITA)

9. Sindelar (AUT)

10. Nejedly (TCH)

11. Orsi (ITA)