Melhor goleiro espanhol da história, Zamora precisou de apenas dois jogos para comprovar essa condição. Foi fundamental no empate contra a Itália nas quartas. O único gol sofrido por ele foi irregular - Schiavio cometeu falta no goleiro. Zamora saiu contundido e não disputou o desempate, em que os italianos saíram vencedores. Pendurou as luvas em 1936 para participar da Guerra Civil. Depois, virou técnico e comandou a seleção de seu país.
Nejedly (TCH) - Olda, como era conhecido, não era craque, mas tinha faro de matador. Anotou gols contra Romênia (1), Suiça (1) e Alemanha (2). Em 1938, na Copa da França, balançou as redes mais duas vezes. Sua média em Copas é de um gol por partida (6/6).
Schiavio (ITA) - Jogador do Bologna, foi o autor do gol que deu o título para a Itália, na prorrogação da final. Os outros três foram anotados na goleada contra os EUA, na estréia. Até ser superado pelo croata Suker (30 anos em 1998), ele foi o mais velho a ser o máximo goleador: tinha 28 anos na época.
Conen (ALE) - O menos conhecido dos artilheiros, o alemão fez quatro gols em sua única participação em Copas. Três deles foram anotados na vitória sobre a Bélgica, por 5 a 2, na estréia. Conen voltou a balançar as redes somente na vitória contra a Áustria (3 a 2), que garantiu o 3º lugar para a Alemanha.
A Áustria chegou ao torneio com um apelido, no mínimo, pretencioso: "Wunderteam" (ou "Time Maravilha"). Até um ano antes da Copa, a Áustria havia realizado 16 partidas, com 12 vitórias, dois empates e duas derrotas - melhor retrospecto da Europa. O craque era o atacante Sindelar, chamado de "homem de papel" devido à sua agilidade. O time venceu apertado os dois primeiros jogos, contra França e Hungria. Mas perdeu os dois seguintes, para Itália e Alemanha, e acabou em 4º.
O nome do jogo foi o atacante suíço Kielholz, o primeiro a usar óculos em Mundiais, com dois gols. Antes do final, houve um lance polêmico. A Holanda tinha uma falta para cobrar perto da grande área, mas o árbitro sueco Ivan Eklind encerrou o jogo pouco antes da bola chutada por Smit entrar no ângulo.
O placar de 4 a 2 para os europeus não reflete o que realmente foi a partida. Após levar dois gols em menos de 20min, o time africano surpreendeu e empatou antes do final da primeira etapa. Depois do intervalo, porém, a Hungria voltou a liderar o placar, com gol marcado por Vincze. Mas os egípcios não desistiram e partiram novamente para o ataque. A equipe egípcia conseguiu o empate com Moukhtar, mas o árbitro italiano Reinaldo Barlassina anulou o gol de maneira equivocada. Faltando três minutos apra o término da partida, Toldi pôs números finais ao duelo que colocou os húngaros nas quartas-de-final.
Jogando em casa, a seleção italiana teve a ajuda do "apito amigo" do suíço René Mercet para eliminar a Espanha nas quartas-de-final. Primeiro, ele não coibiu o estilo de jogo violento dos anfitriões. Logo aos 25min da primeira etapa, o atacante Bosch levou uma pancada de Monti e ficou o resto da partida mancando. Depois, já no segundo tempo, o árbitro anulou dois gols aparentemente legítimos da seleção espanhola. Campanal marcou, mas Mercet alegou impedimento de Regueiro, que não participou do lance. Mais tarde, o próprio Regueiro balançou as redes italianas, mas o árbitro invalidou o lance para marcar uma falta a favor da própria Espanha. Envergonhada, a comissão de arbitragem da federação suíca suspendeu René Mercet por tempo indeterminado após a Copa do Mundo.
SELEÇÕES
1. Zamora (ESP)
3. Monzeglio (ITA)
4. Quinococes (ESP)
2. Ferraris (ITA)
5. Urbanek (AUT)
7. Monti (ITA)
6. Guaita (ITA)
8. Meazza (ITA)
9. Sindelar (AUT)
10. Nejedly (TCH)
11. Orsi (ITA)