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Música: gênios e pioneiros

A importância da música alemã não se resume aos gênios que teve no campo erudito em séculos passados.

Na área pop, o país conseguiu romper, a partir dos anos 70, o domínio de americanos e britânicos com inovações eletrônicas que foram adotadas pelos líderes desse mercado.

Além de artistas e compositores, os alemães contribuíram muito com instrumentos, equipamentos de gravação e fitas magnéticas de alta qualidade. E, claro, o formato MP3, que permite a audição de música em computadores e aparelhos como o iPod, foi inventado na Alemanha.

Os clássicos
No século 17, o país estava dividido em estados independentes, e o coral era a música vigente. Nesse cenário, surgiu o primeiro gênio alemão: Johann Sebastian Bach.

Ávido por novos conhecimentos e aberto a outras culturas, Bach experimentou com todas as formas musicais misturando vozes e instrumentos, dando um caminho diferente às categorias eruditas.

O segundo gênio incontestável foi Ludwig van Beethoven. Ele antecipou a liberdade e intensidade de emoções, acelerando a transição entre a música classicista (século 18) e a romântica (século 19).

Qualquer país já se contentaria em ter apenas Bach e Beethoven em sua história. Mas a Alemanha tem outros grandes nomes.

No século 19, o compositor, poeta e dramaturgo Richard Wagner inventou um novo estilo de ópera.

Ao lado do húngaro Franz Liszt, Wagner promoveu a chamada "música do futuro", que influenciou músicos de outras gerações, como Richard Strauss, maior nome da música alemã no começo do século 20.

Strauss compôs a obra "Also Sprach Zarathustra", baseada na obra homônima do filósofo Nietzsche. Na década de 1960, os acordes dessa composição ficaram populares por ser a trilha de abertura do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço", do cineasta inglês Stanley Kubrick.

A partir da década de 1950, Karlheinz Stockhausen, outro visionário e teórico da música eletrônica e serial, exerceu grande influência sobre os caminhos experimentais eruditos.

Além dos compositores, uma das orquestras mais renomadas do mundo é alemã: a Filarmônica de Berlim, notória pela regência do maestro Herbert von Karajan.

Polca
O ritmo popular alemão mais conhecido é a polca, surgida na era pós-napoleônica (primeira metade do século 19).

A polca começou na Boêmia como dança popular. Rompeu barreiras ao aproximar o casal de dançarinos. "Agarrados", os casais percorriam os salões nos passos rápidos do andamento allegretto. Até hoje, a polca é identificada como a música "típica" alemã.

No século 20, com o domínio internacional da música popular passando para as mãos e vozes de americanos e, a partir da década de 60, britânicos, o pop alemão ficou apenas para consumo doméstico.

Eletrônico, disco music e rock
Na década de 1970, a Alemanha teria seu primeiro nome importante no pop: os músicos e pesquisadores do grupo Kraftwerk elaboraram um som com equipamentos computadorizados. Na época, muita gente classificava aquela música de "som robotizado".

Mas o pioneirismo do Kraftwerk foi absorvido por DJs e produtores de música dançante eletrônica a partir do final da década de 80. Um som que hoje está espalhado por toda parte.

Também nos anos 70, na onda da disco music, os alemães emplacaram sucessos com os grupos Boney M e Dschinghis Khan (que teve uma versão cover no Brasil: o grupo Genghis Khan).

No rock, os alemães se destacaram com a roqueira Nina Hagen, o punk de Die Toten Hosen e o heavy metal das bandas Scorpions e, mais recentemente, Rammstein.

 

SELEÇÕES

Nome oficial:
República Federal da Alemanha
Capital:
Berlim
Área:
357.031 km²
População:
82,5 milhões
Moeda:
Euro
Idioma:
Alemão
Chefe de Estado:
Presidente Hörst Kohler
Chefe de Governo:
Primeira-ministra Angela Merkel
Religião predominante:
Cristianismo (33% católicos e 33% protestantes)
Renda per capita anual:
US$ 25.050