COPA 2002

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   05h21 - 17/06/2002

Estados Unidos vencem o México e pegam a Alemanha nas quartas-de-final

Da Redação
Em São Paulo

Os Estados Unidos derrotaram o México por 2 a 0 nesta segunda-feira e se classificaram para as quartas-de-final da Copa do Mundo. A partida foi disputada em Jeonju (Coréia do Sul).

Agora os norte-americanos enfrentam os alemães no próximo dia 21, em Ulsan (Coréia do Sul), quando disputarão uma vaga na semifinal do torneio.

Com a vaga nas quartas assegurada, os Estados Unidos fazem história. É a melhor campanha que um último colocado em uma Copa faz na edição seguinte - os norte-americanos ficaram em 32º lugar no Mundial de 98. Até este torneio, a marca pertencia ao próprio México, que saiu do 16º lugar de 1958 para o 11º em 1962.

Os Estados Unidos também quebram um tabu próprio. Não ficam entre os oito primeiros colocados desde 1930, quando terminaram na terceira posição. Desde então, a melhor colocação norte-americana foi o décimo lugar da Copa de 1950.

O México também estabelece uma marca na história dos Mundias, mas negativa: é a equipe que mais perdeu na história das Copas, chegando agora a 20 derrotas.

Esta foi a primeira vez que Estados Unidos e México se enfrentaram em uma Copa do Mundo. As duas equipes já haviam se confrontado neste ano, em um amistoso, e os norte-americanos venceram por 1 a 0.

O jogo
O primeiro lance de perigo aconteceu aos 4min, quando o atacante mexicano Blanco cruzou pela direita. A bola saiu pela linha de fundo antes de alcançar a área. O México atacou ainda mais uma vez pela direita, de novo com Blanco, mas sem criar perigo.

Os Estados Unidos abriram o placar aos 8min, com um bela jogada pela direita. Reyna tocou para Wolff, que acionou McBride no meio da área. O atacante bateu de primeiro no ângulo direito de Oscar Perez, indefensável, e fez 1 a 0.

Os mexicanos voltaram a criar uma boa chance aos 14min. Borgetti tocou para Morales pela esquerda. Ele driblou um zagueiro e encontrou espaço para chutar forte, de fora da área, à direita do gol defendido por Friedel.

Com a vantagem no placar, os norte-americanos recuaram para o seu campo e passaram a aguardar as investidas mexicanas para o contra-ataque. A equipe comandada por Javier Aguirre, entretanto, esbarrava em uma defesa bem organizada e não conseguia criar.

Aos 25min, finalmente, o México conseguiu chutar a gol. Blanco pegou bem na bola e obrigou Friedel a fazer uma boa defesa. Dois minutos depois foi a vez de Torrado, agora sem tanta força, colocar o goleiro norte-americano para trabalhar.

Javier Aguirre, vendo que a equipe mexicana não estava conseguindo criar, tirou o defensor Ramon Morales aos 28min e colocou em campo Luis Hernández, que é atacante.

O México continuou pressionando, tentando ora com cruzamentos, ora com lançamentos. os zagueiros Pope e Sanneh passatam a aparecer mais, sempre afastando a bola.

Após tanta pressão, o México teve um grande momento aos 35min. Friedel defendeu para o meio da área onde Blanco estava sozinho. O atacante chutou a bola alta, no meio do gol, e Friedel fez outra boa defesa.

Dois minutos depois, os Estados Unidos perderam uma chance de ampliar. A defesa mexicana falhou ao tentar uma linha burra (deixar o ataque rival impedido) e Wolff sobrou cara a cara. Ele bateu forte, Oscar Pérez defendeu.

Este foi o último lance de emoção no primeiro tempo, marcado pela lentidão das equipes, por passes errados e cruzamentos desperdiçados.

Aguirre mexeu mais na equipe para o segundo tempo. Tirou o zagueiro Vidrio e colocou Mercado, que joga mais adiantado. E os mexicanos começaram mais ousados. Já aos 3min teve chance de marcar, mas Friedel defendeu. No rebote, falta marcada bem próxima da área, que Blanco desperdiçou ao chutar em cima da barreira.

Outra boa oportunidade aos 6min, quando Braulio Luna chutou muito bem, obrigando Friedel a fazer mais uma boa defesa.

Os Estados Unidos demostraram estarem vivos no segundo tempo apenas aos 12min, quando Reyna chutou de frente para o gol, em cima de Oscar Pérez.

O ataque norte-americano não alterou o panorama do segundo tempo: o México continuou pressionando, apostando em velocidade e lançamentos. Algumas cobranças de falta, diretas ou não, eram as melhores chances de criação mexicana, que se aproximava cada vez mais do gol.

Entretanto, quem marcou foram os Estados Unidos. Aos 20min, Lewis puxou um contra-ataque pela esquerda e cruzou com perfeição para Donovan, que completou para marcar seu segundo gol no Mundial - ele havia marcado na derrota por 3 a 1 para a Polônia.

O segundo gol deixou os mexicanos ainda mais afoitos para atacar, o que não significa que eles passaram a fazê-lo com mais organização. Acuados, os norte-americanos conseguiam se segurar em campo.

Um exemplo da ansiedade mexicana aconteceu aos 25min. O goleiro Oscar Pérez recebeu um recuo simples, mas se complicou inteiro e acabou cedendo o escanteio para os adversários.

Aos 28min, Carmona acertou um belo chute de fora da área. A bola saiu forte, mas Friedel estava bem posicionado e defendeu.

Os 15 minutos finais foram marcados por muitas faltas, reclamações e cartões amarelos, além de um cartão vermelho para o capitão mexicano, Rafael Márquez, que deu uma entrada violenta em Cobi Jones. No total, foram cinco cartões amarelos para cada lado.

Foram tantas paralisações que o árbitro deu cinco minutos a mais de acréscimos no final da partida. Com um a menos e apresentando os mesmos problemas apresentados na partida, os mexicanos não conseguiram descontar e o jogo terminou mesmo 2 a 0 para os norte-americanos.

MÉXICO
Oscar Pérez; Ramon Morales (Luis Hernández), Vidrio (Mercado), Rafael Márquez e Braulio Luna; Arellano, Carmona, Torrado (García Aspe) e Johan Rodríguez; Blanco e Borgetti
ESTADOS UNIDOS
Friedel; Pope, Sanneh, Mastroeni (Llamosa) e Berhalter; O'Brien, Lewis, Reyna e Donovan; Wolff (Stewart) e McBride (Cobi Jones)
Árbitro: Vitor Melo Pereira (POR)
Auxiliares: Carlos Matos (POR) e Egon Bereuter (AUT)
Gols: McBride, aos 8min do primeiro tempo; e Donovan, aos
Cartões amarelos: Pope, Mastroeni, Wolff, Berhalter e Friedel (E); Vidrio, Luis Hernández, Blanco, García Aspe e Carmona (M)
Cartão vermelho: Rafael Márquez (M)

Para saber mais sobre a seleção norte-americana clique aqui; e aqui para ler sobre o México



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