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Getúlio Vargas cumprimenta o jornalista e empresário Assis Chateaubriand (dir) logo depois de assumir o governo brasileiro
Crash no mundo
e golpe brasileiro

O Crash da Bolsa de Nova York, nos EUA, em 1929, afetou de modo profundo as estruturas do poder capitalista em todo o mundo.

Devido à alta especulação sobre as ações da bolsa, o sistema financeiro ruiu, gerando a primeira crise econômica de proporções globais.

O impacto maior, como de costume, foi sentido pela classe operária, que passou a enfrentar as conseqüências do grande desemprego, o principal causador da miséria nos EUA e na Europa em 1930.

Durante a Copa de 1930, em julho daquele ano, o Brasil vivia um período atribulado na política e economia, que culminou com o início da Era Vargas. A Velha República, com as constantes trocas de poder entre paulistas e mineiros, na política do café-com-leite, provocava insatisfação no restante país.

A eleições promovidas para definir o sucessor de Washington Luiz, em 1930, foram realizadas sob suspeita de fraude dos dois lados. O paulista Júlio Prestes e o gaúcho Getúlio Vargas duelavam pelo poder. Prestes venceu nas urnas, mas quem assumiu o comando foi uma Junta Militar, que preparava caminho para Vargas.

Apoiado por boa parte do país, o líder gaúcho chegou ao Palácio do Catete, no Rio, carregado pelo povo carioca. Logo no início de seu governo, Getúlio já dava sinais do que seria sua forma de governar: repressão aos inimigos e populismo paternalista.







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Pessoas protestam em Nova York depois da quebra da Bolsa de Valores, em 1929
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Concentração de
soldados em praça
de São Paulo durante a Revolução de 30
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A obra "Antropofagia", de Tarsila do Amaral, produzida em 1929