Yara Fantoni

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Opinião

Fluminense voa com 'Hércules' e enche o cofre com vaga na semifinal

O Fluminense aprendeu a se acostumar com noites grandes, a mas a desta quarta-feira, contra o Al Hilal, terá lugar especial na estante de memórias tricolores. A vitória por 2 a 1 não foi só o carimbo na passagem para a semifinal do Super Mundial, foi também um salto de R$ 115 milhões em premiação, levando a contabilidade celeste a ultrapassar a marca dos R$ 310 milhões nesta epopeia global. Para quem precisa equilibrar as finanças, é mais que bálsamo: é combustível para sonhar ainda mais alto.

O Al Hilal veio embriagado da façanha sobre o Manchester City, mas o Flu soube reordenar o planeta. Martinelli encontrou a rede no primeiro tempo em belo chute. O segundo gol veio com a assinatura de Hércules, e aí a história toma tons de redenção.

O herói improvável

Longe do palco de luzes, em maio deste ano Hércules era manchete por um motivo amargo: boatos de "noitada" que correram as redes sociais. O volante, formado nos campos do Piauí, lapidado no Fortaleza e contratado pelo Flu em 2025, viu sua reputação ameaçada por uma fake news. Precisou de fôlego para virar o jogo fora das quatro linhas.

"Futebol não é só bola no pé; é cabeça erguida quando tentam te derrubar", disse ele na época, decidido a deixar a resposta para o campo.

E deixou. No Super Mundial de Clubes, partiu de trás, apareceu como elemento surpresa e empurrou para dentro. Gol de quem não se esconde. Gol de quem transforma fofoca em fato, crítica em canto. Gol digno do nome que carrega.

Dinheiro não faz gol, mas facilita a vida de quem quer continuar marcando. Os R$ 115 milhões de agora, somados aos bônus de fases anteriores, levam o Flu a um recorde de premiação jamais imaginado nas Laranjeiras. Valor superior ao que se ganha juntando Brasileiro e Copa do Brasil. Dá para reforçar elenco, quitar pendências, investir em Xerém e, quem sabe, amarrar Cano até 2030.

Semifinal pela frente. O rival ainda é suspense, mas pode ter rival brasileiro se o Palmeiras superar o chance. O Fluminense provou que sabe sofrer, sabe contra-atacar e, sobretudo, sabe decidir. Com Cano artilheiro, Fábio paredão, e agora Hércules, o improvável, escrevendo capítulos dourados, o torcedor pode fechar os olhos e sentir aquele frio bom de quem aposta alto.

Porque se o mito grego venceu doze trabalhos, o Flu já cumpriu metade dos seus, e ainda tem crédito (e caixa) para fazer história.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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