Palmeiras x Botafogo: quando o Mundial também é sobre memória
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Nem toda rivalidade nasce dos clássicos tradicionais no próprio estado. Algumas surgem do calor da competição e atravessam divisas e fronteiras, deixam feridas abertas e ficam sempre com o gosto do sabor da revanche. É o caso de Palmeiras x Botafogo, que se enfrentam neste sábado, às 13h, pelo Mundial de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos, mas que podemos dizer que é um tipo de confronto que se apimentou nos últimos anos.
Se alguém disser que esse jogo é só mais um duelo eliminatório de oitavas de final, vale lembrar: o Palmeiras foi campeão brasileiro em 2023 depois de uma das maiores viradas da era dos pontos corridos, tirando 13 pontos de desvantagem do Botafogo e, num jogo histórico, vencendo por 4 a 3 no Engenhão com um segundo tempo que virou trauma no Rio e êxtase em São Paulo.
Mas o Botafogo respondeu em 2024: campeão brasileiro e da Libertadores, com autoridade e superação, e com um gosto especial: eliminou o próprio Palmeiras na competição continental, em um daqueles jogos que ficam tatuados na história. Um roteiro épico, digno do Botafogo de Textor, que recuperou o orgulho alvinegro e agora pisa no Mundial com peito estufado.
Aliás, John Textor e Leila Pereira, os dois presidentes, também são parte ativa desse duelo. Já trocaram declarações indiretas e desconfianças públicas. O clima nunca foi neutro, e cada encontro entre os dois clubes carrega não só disputa esportiva, mas uma pitada de revanche.
Classificação e jogos
No campo, o embate opõe um Palmeiras experiente, equilibrado, com DNA copeiro de Abel Ferreira, contra um Botafogo vibrante, emocional e reformulado de Renato Paiva, embalado por uma classificação em um grupo complicado.
Mas fora dele, é uma batalha de respostas. Um clássico moderno, alimentado por capítulos recentes que ninguém esqueceu. E o Mundial não poderia escolher roteiro melhor para uma oitavas de final entre brasileiros que se tornaram adversários por merecimento, por história... e por memória.
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