Deco diz que calendário pode ser trunfo para brasileiros no Mundial da Fifa
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Entrevistei Deco, ex-jogador e craque que brilhou na Europa e no Brasil, para o meu canal no YouTube (a partir de segunda-feira o material completo no ar no canal Yara Fantoni), e o Mundial de Clubes da Fifa não podia ficar fora da conversa. Afinal, o atual diretor esportivo do Barcelona fez história pelo Porto, adversário do Palmeiras nessa fase inicial. Sobre o confronto, ele deu uma disfarçada sobre dicas para Abel e disse que a parte física pode fazer diferença nos duelos entre brasileiros e europeus.

"O Abel conhece o Porto, não preciso dar dicas" (risos) -, mas, na verdade, enfatiza algo muito mais interessante sobre o torneio que se inicia no dia 14 de junho: a imprevisibilidade dos cruzamentos entre calendários tão distintos.
Enquanto o Palmeiras chega ao Mundial no auge físico e com o elenco entrosado após meio ano de temporada brasileira, o Porto, como tantos europeus, desembarca em modo "reconstrução" - nas palavras do próprio Deco. Sai de férias, entra pré-temporada, jogador novo chegando, garoto revelação (como o promissor Mora, de 17 anos) ganhando espaço? É um outro tempo, um outro ritmo.
O técnico Abel Ferreira conhece os bastidores do Porto. Foi atleta do Sporting, foi treinador em Portugal, entende as nuances. Mas, mais do que isso, comanda um Palmeiras que é talvez o projeto mais longevo e bem-sucedido do futebol brasileiro recente. Deco reconhece isso. O Palmeiras é, hoje, um time pronto.
A grande dúvida do torneio é: será que o timing físico e emocional dos sul-americanos - no calor do meio de temporada - pode desequilibrar duelos contra clubes europeus em fim de temporada? No papel, os europeus seguem favoritos. Mas, como o futebol ensina, nem sempre o papel é o que decide.
Os próximos dias dirão se o novo Mundial veio para consolidar a hegemonia europeia ou se vai abrir brechas para surpresas sul-americanas, embaladas pelo suor de quem está no meio da temporada e com sangue nos olhos para fazer história.
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