Pai de gêmeos corintianos que viralizaram no 'poropopó' explica paixão
O futebol tem histórias que vão além dos gramados e ganham vida nos lares dos torcedores. Foi assim na casa do Lucas, corintiano de alma e coração, que descobriu que seus filhos gêmeos de dois anos já haviam herdado a paixão pelo clube.
Tudo começou quando o clássico "poropopó" ecoou na TV, e os pequenos vibraram como se estivessem na arquibancada da Neo Química Arena. O pai, achando que era apenas mais um desenho infantil, logo percebeu que o encanto era outro: era o grito da Fiel chamando os meninos, Caetano e Vittorio, para o bando de loucos.
O vídeo viralizou no dia de um Corinthians x Santos e, desde então, qualquer gol do Timão é comemorado com os dedinhos no ouvido, imitando Memphis Depay, um dos ídolos do pai Lucas — ao lado de Yuri Alberto, que de contestado virou referência.
Os gêmeos ainda não foram à Arena em Itaquera, mas já sabem bem como vibrar com o time. Em casa, a irmã de cinco anos adora vesti-los com o manto alvinegro e comandar a festa.
A esposa de Lucas era palmeirense, assim como o sogro que faleceu no ano passado e sonhava em vestir os netos de verde e branco. Mas o pai fez questão de transmitir a paixão para os filhos e não deixar que a tradição palmeirense do lado da esposa reinasse na vida dos gêmeos. Ele diz que até a mulher tem migrado para o lado alvinegro por causa dos três filhos.
A história dos gêmeos é de resistência, assim como o Corinthians. Durante a gestação, "Benício", um dos nomes que havia sido escolhido, teve complicações e os médicos deram um prazo de 15 dias para saber se ele resistiria. A família rezou e fez uma promessa: se ele sobrevivesse, se chamaria Vittorio. Os dois nasceram prematuros, passaram um mês na UTI, mas hoje estão saudáveis e prontos para viver sua primeira experiência no estádio.
Enquanto o contato oficial do Corinthians não chega, Lucas segue registrando cada momento da paixão precoce dos filhos pelo time. Se o futebol é sobre tradição, identidade e pertencimento, esses meninos já estão prontos para engrossar o bando de loucos - e provar que corintiano nasce, não se faz.
Reportagem
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