SAF não é sinônimo de sucesso
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A transformação dos clubes brasileiros na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) foi vista como uma solução definitiva para os problemas de gestão e competitividade. No papel, a promessa era de modernização, estabilidade financeira e tempos mais fortes. Na prática, nem sempre isso se traduz em sucesso dentro de campo. O Coritiba é um exemplo claro de que dinheiro e uma nova estrutura jurídica não é garantia de que tudo será um mar de rosas rapidamente.

Desde que virou SAF, no meio de 2023, o Coxa amarga um período de decepções. O rebaixamento no Brasileirão daquele ano foi o primeiro baque. Em 2024, as eliminações precoces na Copa do Brasil e no Campeonato Paranaense mostraram que uma nova fase ainda não havia engrenado. Na Série B, a expectativa era de brigar pelo acesso, mas o clube chegou perto de subir. E agora, em 2025, o roteiro se repete: nova eliminação nas quartas de final do Paranaense, novamente para o Maringá.
O problema não é apenas o desempenho ruim, mas a ausência de um projeto claro e eficiente. Uma SAF sem planejamento esportivo vira apenas uma troca de dono, sem uma filosofia de futebol bem definida. A camisa pesa, mas sem um trabalho sólido por trás, a tradição não é suficiente para sustentar bons resultados.
O Coritiba ainda pode se recuperar e transformar a SAF em um modelo de sucesso, mas precisa urgentemente compensar sua estratégia. Gestão e dinheiro são fundamentais, mas sem uma mentalidade vencedora, o Coxa seguirá como um clube de resultados incertos, preso às frustrações de eliminações doloridas como a desse domingo.
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