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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Boca perde final para Racing e 'cancela' goleiro Rossi, reforço do Flamengo

Agustin Rossi, goleiro do Boca Juniors, em ação durante jogo na Argentina - Rodrigo Valle/Getty Images
Agustin Rossi, goleiro do Boca Juniors, em ação durante jogo na Argentina Imagem: Rodrigo Valle/Getty Images

Colunista do UOL

20/01/2023 14h42

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O Racing bateu o Boca Juniors por 2 a 1 na tarde de hoje (20) e conquistou a Supercopa Internacional, decisão disputada em jogo único em Abu Dhabi. A partida que valeu por um título oficial da AFA (Associação de Futebol Argentino) trouxe uma grande novidade no futebol local. O goleiro Agustín Rossi, que viajou normalmente para os Emirados Árabes, foi afastado pela comissão técnica xeneize e não ficou sequer no banco de reservas.

O contrato de Rossi com o Boca vai até 31 de junho, e o goleiro de 27 anos já tem compromisso posterior assinado com o Flamengo.

Para deixar tudo ainda mais controverso, o gol do título do Racing, aos 52 minutos do segundo tempo, saiu em uma cobrança de pênalti, justamente a especialidade de Rossi, que vinha sendo o goleiro titular durante toda a temporada 2022. O titular do Boca nesta sexta em Abu Dhabi foi Javi Garcia, de 35 anos, com o juvenil Leandro Brey, de 20, no banco de reservas.

O veterano Sergio "Chiquito" Romero, contratado para ser substituto de Rossi, se recupera de uma lesão no joelho.

Segundo a coluna apurou, as chances de Rossi voltar a jogar pelo Boca até sua ida ao Flamengo são mínimas. Há uma questão ainda mais séria. De acordo com o jornal "Olé" de hoje, o "cancelamento" do goleiro inclui até mesmo a ordem que a equipe de comunicação do Boca tem de não divulgar mais fotos suas pelos canais oficiais do clube.

É provável que Rossi fique fora até de treinamentos importantes, como aconteceu justamente ontem em Abu Dhabi.

A iniciativa do Boca com o goleiro que conquistou seis títulos com o clube tem a ver com a revolta mastigada pelo Conselho de Futebol. Comandados por Juan Román Riquelme, os dirigentes xeneizes não conseguiram convencer o goleiro a aceitar a renovação de contrato, e agora pretendem deixá-lo esperando até julho, com o salário em dia e com presença quase decorativa em treinamentos, mas jamais contando com seus serviços durante as partidas.

Ao Flamengo, agora, cabe insistir nos pedidos a Riquelme para negociar a liberação do goleiro antes do fim do contrato. Há dez dias, as conversas não evoluíram porque Román, curtindo férias, disse que não pretendia sequer ouvir as propostas.