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Agora 10 do San Lorenzo, Centurión tenta, aos 29 anos, renascer no futebol
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A vida de Ricardo Centurión merece mesmo virar um filme no premiado cinema argentino. Veloz, habilidoso e furioso, ele é considerado no país como um dos maiores talentos que se perderam nas indisciplinas nos últimos tempos. E como em um bom roteiro, ontem (19), dia em que completou 29 anos, ele recebeu a camisa 10 do San Lorenzo e foi apresentado como reforço do clube de Boedo para a temporada 2022.
Vale lembrar que sua última equipe foi o Vélez Sarsfield, e tudo terminou mal, com ele se sentido preterido e simplesmente desaparecendo do clube que se prepara para a Libertadores da América.
Centurión costuma se dar bem com técnicos "paternais" — é o caso agora de Pedro Troglio e era o caso, à sua maneira, do linha-dura Gabriel Heinze, o último comandante a tirar o melhor de si, no Vélez. O Racing, onde foi revelado, também não se interessou depois da sua briga com o técnico, Eduardo Coudet, quando Centurión o empurrou ao ouvir instruções antes de entrar em campo.
O San Lorenzo acertou um empréstimo de um ano junto ao Vélez e tem a preferência para comprar 50% de seu passe por US$ 2 milhões.
Boca, Racing...
Centurión jogou no São Paulo em 2015 e 2016, sendo negociado na sequência com o Boca Juniors e recebendo a camisa 10, vivendo bons momentos na Bombonera e criando confusões por indisciplina com o então técnico Guillermo Barros Schelotto. Apesar do pedido da torcida, ele decepcionou a comissão técnica e foi negociado com o Genoa, da Itália, onde teve poucas chances. Acabou sendo dispensado por fazer lives em plena madrugada na concentração tomando mate, bebida energizante consumida especialmente pela manhã.
Centurión voltou então ao Racing, clube que o revelou, e viveu um bom momento na Libertadores-2018, mas foi expulso no jogo decisivo, River x Racing, ao brigar com Enzo Pérez e não render quando o time mais precisava dele.
No ano seguinte, empurrou o técnico Coudet em um novo River x Racing, saindo da equipe e parando no Atlético San Luis, do México, onde viveu nova polêmica por falta de comprometimento, resultando na saída do então treinador da equipe.
Esta tinha sido a última confusão de Centurión até cortar relações com o Vélez e buscar o San Lorenzo na décima transferência em exatos dez anos de carreira.
Suicídio
Em 2020, Centurión, revelou que pensou em tirar a própria a vida dias depois de a namorada morrer após um acidente de carro. Era o segundo choque vivido por ele em poucos meses, pois a tragédia ocorreu enquanto ele se erguia depois de perder a avó, figura de peso em sua vida.
"Os golpes foram muito rápidos, e se eu não me levantasse depois de dois dias, acho que terminaria com a minha vida. Mas não era o meu momento", disse ele, que afirmou ter conseguido se reerguer para dar orgulho a elas.
"Sei que a realidade é essa, tenho que me levantar e continuar. Vendo minha mãe, minha irmã, pude frear e me uni. Caso contrário, tudo estaria indo para o inferno", falou à TV argentina TyC Sports.
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