Topo

Tales Torraga

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

7 histórias para esquentar o River x Boca de hoje no Monumental de Núñez

Torcedores do River Plate chegam ao Monumental de Núñez na volta do público aos estádios - Divulgação CARP
Torcedores do River Plate chegam ao Monumental de Núñez na volta do público aos estádios Imagem: Divulgação CARP

Colunista do UOL

03/10/2021 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A Argentina vai parar às 17h (de Brasília) de hoje com o "superclássico" entre River Plate e Boca Juniors. A partida será realizada no Monumental de Núñez e terá transmissão ao vivo pela ESPN Brasil e Star + (com Luiz Carlos Largo, Silas e Renato Rodrigues).

O confronto vale pela 14ª rodada do Campeonato Argentino e tem o River melhor no torneio local. É o vice-líder, com 27 pontos (o Talleres tem 29), enquanto o Boca aparece em sétimo, com 21. O jogo marca a volta da torcida aos estádios, e cerca de 40.000 pessoas matarão as saudades da paixão pelo futebol em um dos templos mundiais do esporte depois de um ano e meio.

Como sempre, River e Boca, somando cerca de 75% da torcida argentina, reservam ótimas histórias neste "superclássico" de hoje. A coluna lista sete desses episódios para aquecer a expectativa para o jogo das 17h. Confira.

Rojo e Enzo

São os veteranos que dão segurança e brilho às suas equipes em campo. E o curioso é que cada um é torcedor confesso do time que defende. Ambos despontaram juntos no Estudiantes de La Plata campeão da Libertadores de 2009, e hoje têm um estilo de jogo consideravelmente diferente de então.

mancos - Montagem/Divulgação - Montagem/Divulgação
Enzo Pérez e Marcos Rojo, os "medalhões" de River e Boca
Imagem: Montagem/Divulgação
Enzo Pérez está com 35 anos e preza pelo jogo posicional e pela qualidade de passe, além da raça absurda de sempre. Rojo, antes um explosivo lateral esquerdo, hoje é marcador central e é capaz de patadas assustadoras apesar da experiência dos seus 31 anos. No último duelo contra o River, deu uma voadora escandalosa nas costas de Julián Álvarez e levou só um amarelo.

Battaglia...

O técnico do Boca faz sua estreia em "superclássicos". É o típico "prata da casa" que agora tem sua chance como técnico principal. Está bancado por Juan Román Riquelme, vice-presidente de futebol e seu ex-companheiro em campo. Está dando mais espaço aos jogadores jovens e está caracterizando o time por um estilo mais ofensivo, sem as amarras dos antecessores Gustavo Alfaro e Miguel Ángel Russo.

...e Gallardo

Seria o "último tango" do Napoleão Gallardo no River? O maior técnico da história do River Plate termina seu contrato em dezembro, e em caso de saída, este pode sim ser seu último confronto contra o Boca --seu verdadeiro freguês com cinco eliminações seguidas em mata-matas de 2014 a 2019.

Gallardo já disse que não vai ouvir nenhuma proposta de trabalho até finalizar o seu vínculo, por mais fortes sejam os rumores que o coloquem no Barcelona --que, vale lembrar, já foi preterido por ele em uma sondagem anterior. A Roma foi outro time que não teve maiores considerações do "Muñeco" nesta temporada, mas é provável que depois de sete anos e meio de River ele busque novos ares. Já há uma saturação sua com o caótico futebol argentino.

Álvarez

O atacante do River é tido como o melhor jogador em atividade na Argentina. Está na melhor fase da sua carreira. Tem 21 anos e jogou inclusive a final da Libertadores de 2018 contra o Boca. Técnico e explosivo, é apontado por Gonzalo Higuaín como o futuro camisa 9 da seleção. Que ninguém se espante se isso ocorrer já na Copa do Mundo do Qatar, no ano que vem.

Tabus loucos

O River não vence o Boca no Monumental de Núñez pelo Campeonato Argentino desde 2010, um gol de cabeça do zagueiro Maidana para aquele 1 a 0. Contando a Libertadores e Sul-Americana, o último triunfo sobre o rival foi em outubro de 2019, 2 a 0 e show de Nacho Fernández. O Boca empatou os últimos quatro últimos confrontos contra o River, três deles disputados na Bombonera. O último triunfo "xeneize" ocorreu também em 2019, um 1 a 0 que não valeu nada porque o rival avançou à decisão daquela Libertadores.

Izquerdoz

O zagueiro que simbolizou o fracasso do Boca na Libertadores-2018 ao correr atrás de Pity Martínez vive seu melhor momento no clube. Capitão de fato, forma uma dupla de muito vigor na defesa com Marcos Rojo. É uma das duplas mais ásperas do futebol argentino em todos os tempos. A saída de bola é uma falha - mas os saltos de Izquierdoz no ataque compensam e assustam. É nome certo para a seleção em breve, segundo o técnico Lionel Scaloni.

Cardona e Carrascal

Os colombianos farão o "superclássico" ganhar uma expectativa especial em seu país. Ambos têm a responsabilidade de gerar jogo e demonstrar boa técnica. Foram tratados pelo "Pibe" Valderrama, lendário jogador colombiano, como os dois maiores craques em campo nesta tarde. Cardona preza pela bola parada e Carrascal já foi tratado até como "Neymar colombiano". Ambos, porém, recebem muitas críticas pela insolência em vários momentos de jogo.

Prováveis escalações:
River Plate - Franco Armani; Milton Casco, Robert Rojas, Paulo Díaz e Fabrizio Angileri; Simón (Enzo Fernández ou Agustín Palavecino), Enzo Pérez, Nicolás De La Cruz e Jorge Carrascal; Braian Romero e Julián Álvarez. Técnico: Marcelo Gallardo.

Boca Juniors - Agustín Rossi; Luis Advíncula, Carlos Izquierdoz, Marcos Rojo e Frank Fabra; Pulpo González (Cristian Medina), Jorman Campuzano e Agustín Almendra; Edwin Cardona; Cristian Pavón e Nicolás Orsini. Técnico: Sebastián Battaglia.

E histórias não faltam...

No podcast Futebol sem Fronteiras #21, o "trio elétrico" Julio Gomes, Jamil Chade e Ariel Palacios fala sobre a grandeza deste que clássico com ótimas histórias e muita informação. Confira aqui!