Ex-capitão da Argentina revela atrito entre Agüero e técnico da seleção

A relação entre o técnico Lionel Scaloni e o atacante Sergio "Kun" Agüero passa por um momento complicado. Quem assegura é o ex-zagueiro Oscar Ruggeri, último capitão campeão pela Argentina (na Copa América de 1993). Hoje comentarista da ESPN, Ruggeri chamou Scaloni no ar de "soberbo" e disse que a convocação de Agüero ocorreu apenas para não gerar polêmica.

Até aqui, Agüero jogou apenas 10 minutos na Copa América (no 1 a 1 contra o Chile), o que chama a atenção pela quantidade de mudanças que Scaloni tem adotado na seleção. Os demais variam. E Kun mal sai do banco.

"Não sei se Scaloni está convencido em usar Agüero. Para mim, ele não o quer aí, e é claro que um jogador percebe isso e rebate", afirmou Ruggeri. O ex-capitão argentino tem autoridade no assunto. Ele é frequentemente chamado pela AFA para conversar com a seleção em Buenos Aires e em outras viagens, e foi também o técnico que promoveu a estreia de Agüero como profissional no Independiente em 2003, quando o atacante tinha apenas 15 anos.

"Scaloni só o leva porque é o Agüero. Ele não está muito convencido de que, quando há uma situação, possa dizer, 'entre, Agüero'. Ele o chama para não gerar polêmica, imagine o que todos diriam se a seleção não o convocasse. Vamos ver o que vai acontecer quando Agüero e Messi jogarem juntos no Barcelona, se essa dupla vai se repetir na seleção."

Rotação

A Argentina que enfrenta o Paraguai hoje às 21h em Brasília terá várias mudanças estabelecidas pelo treinador, que prefere descansar os jogadores que venham mais desgastados - e nem assim Agüero surge como nome certo no ataque. Nos treinos, Agüero formou um trio com Messi e Lautaro Martínez. Nico González levou uma pancada contra o Uruguai e será poupado da partida de hoje. Di María e Ángel Correa também estão cotados para ocupar a vaga de González.

Scaloni já disse que vai definir a escalação apenas momentos antes da partida contra o Paraguai. A formação mais provável é a seguinte: Emiliano Martínez; Montiel (Molina), Romero, Otamendi (Pezzella) e Tagliafico (Acuña); De Paul, Rodríguez (Paredes) e Palacios (Paredes); Messi, Lautaro Martínez e Di María (Agüero ou Correa).

A Argentina soma quatro pontos e lidera o Grupo A, empatada com o Chile.