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Tales Torraga

Defesa volta a enterrar o River na Argentina, e Palmeiras e Boca agradecem

Franco Armani, goleiro do River - Divulgação CARP
Franco Armani, goleiro do River Imagem: Divulgação CARP

Colunista do UOL

10/01/2021 08h17Atualizada em 10/01/2021 09h21

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O River Plate viveu mais uma noite para se esquecer, e o Boca Juniors, com um 2 a 2 contra o Argentinos Juniors, está na final da Copa Diego Maradona, campeonato criado para movimentar o futebol argentino na pandemia.

O time de Marcelo Gallardo falhou demais na defesa, a exemplo do que acontecera contra o Palmeiras e contra o próprio Boca na semana passada. Aos 40 minutos do primeiro tempo do jogo de ontem, o Independiente já vencia por 2 a 0, placar mantido até o fim.

Além do goleiro Armani, que voltou a errar feio, desta vez no segundo gol, calculando mal a bola, todos os outros que atuaram no setor eram titulares: os laterais Casco (colocado na direita) e Angileri e os zagueiros Rojas e Díaz. O único a descansar foi Pinola e seus 39 anos, e no segundo tempo ainda entrou Montiel, o lateral-direito de origem.

O River terminou a partida com nove jogadores que devem começar a semifinal com o Palmeiras, e nem assim reagiu diante do Independiente, que vem de mal a pior na Argentina (foi comandado por um técnico interino, o Bombero Verón, pois Lucas Pusineri se demitiu durante a semana), mas fez dois belos gols com a revelação Velasco, de 18 anos.

E quem eram os nove? Armani, Montiel, Rojas, Díaz, Angileri, Nacho Fernández, De La Cruz, Suárez e Borré. Para terça-feira há pouco tempo de descanso e um voo que costuma durar 2h40 de Buenos Aires a São Paulo.

Como ato final da noite complicada da equipe, Gallardo foi expulso ao chamar o juiz de "palhaço" por uma falta ignorada sobre Suárez. O técnico demonstrou rara irritação com o time, que de novo pecou por desatenções e ineficiência por parte do volante Ponzio, em fim de carreira, beirando os 39 anos.

Toda a defesa do River recebeu notas baixas do "Olé" que está agora nas bancas de Buenos Aires. Armani levou um 3, Paulo Díaz, um 4, e Angileri, um 4,5. Casco e Montiel, com 5, e Rojas, um 6, completam a avaliação do jornal, destacando que o River não perdia duas seguidas havia 84 jogos, desde janeiro de 2019, um 3 a 1 para o Patronato e um 2 a 1 para o Unión.

Defendeu mal, criou pouco e não converteu nada. Esta é a síntese da atuação da equipe de Gallardo, que precisaria fazer quatro gols para se classificar à final da Libertadores caso o Palmeiras encontre o seu na noite de terça (o River teria quatro gols marcados na casa do adversário, desempatando o hipotético 4 a 4 agregado em caso de um 4 a 1 para o River em São Paulo).

Alegria xeneize - O Boca foi sólido diante do Argentinos Juniors e sequer se cansou para obter o 2 a 2 que lhe valeu um lugar na final da Copa Maradona. Perdia por 0 a 1, virou para 2 a 1 e no finalzinho houve a igualdade. O adversário da decisão (Banfield, Talleres ou Gimnasia) será conhecido hoje à noite, e a data a princípio é o domingo que vem (17), na província de San Juan.

Sem lesionados e maiores desgastes, o Boca levou a campo um time reserva: Rossi; Buffarini, Zambrano, Ávila e Más; Jara, Varela, Salvio e Cardona; Zárate e Ábila, que fizeram um gol cada. Apenas Jara e Salvio são do time considerado titular, e no segundo tempo outros quatro da formação principal foram a campo: Capaldo, Villa, Izquierdoz e Soldano.

As semifinais dos gigantes portenhos na Libertadores estão marcadas para terça (21h30, Palmeiras x River no Allianz Parque) e quarta-feira (19h15, Santos x Boca na Vila Belmiro).