Boca sonha em ter Riquelme contra o Inter
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O Boca Juniors quer convencer o ídolo Juan Román Riquelme a voltar a jogar. Para surpresa de muitos na Argentina, o presidente do clube, Jorge Ameal, revelou que tem conversado sobre isso com o ex-jogador. "Ele está inteiro. Quero que jogue oficialmente, pelos pontos, a partida de despedida é outra coisa", contou Ameal na noite desta terça à Rádio La Red, de Buenos Aires, desatando intermináveis debates nas TVs do país.
A coluna apurou que os pedidos de Ameal são reforçados com frequência pelo técnico da equipe, o diplomático Miguel Ángel Russo, muito mais propenso a endossar do que contestar uma ordem presidencial. Russo foi campeão da Libertadores de 2007 justamente com Riquelme em campo. A negativa do retorno aos gramados parte sempre do jogador.
Tricampeão da Libertadores (2000, 2001 e 2007) e campeão mundial (em 2000), Riquelme é o maior ídolo da história do Boca e está com 42 anos, sem jogar profissionalmente há cinco, quando pendurou as chuteiras pelo Argentinos Juniors, que o revelou.
Román é o vice-presidente de futebol do Boca desde o começo do ano, quando começaram as tentativas de colocá-lo em campo. O que mudou de lá para cá? O regulamento que agora prevê cinco substituições por partida.
As conversas com Román giram sempre sobre a possibilidade de ele começar entre os reservas e ser usado para "prender a bola, gastar o tempo e segurar o resultado". Brincam até que foi um jogador como ele que faltou ao River Plate na decisão do ano passado contra o Flamengo.
Conhecido pelo talento na armação, Riquelme foi ainda melhor protegendo a pelota. "Ele punha o braço na frente e você não conseguia fazer nada", resume Sebastián Domínguez, ex-zagueiro de Corinthians, Estudiantes e Vélez e hoje um dos mais solicitados comentaristas da TV argentina.
A idade e inatividade também não seriam problemas. Román escuta sempre o exemplo de Verón, que acumulou as funções de presidente e jogador do Estudiantes e disputou cinco jogos da fase de grupos da Libertadores de 2017 exatamente aos 42 anos. "E queremos que você jogue parado, não para correr como ele", é o argumento repetido.
Outros raciocínios que vêm do "mundo Boca" são: 1) a presença de Riquelme no elenco inibiria qualquer indisciplina, exigindo o máximo de todos, e 2) a pressão sobre a arbitragem, praxe na Libertadores, ganharia mais peso com Román.
Prazo para inscrever Riquelme na Libertadores o Boca tem de sobra. Cada clube pode registrar cinco novos jogadores nas oitavas de final até o fim da tarde de 21 de novembro - o jogo de ida contra o Inter será no dia 25, às 21h30, no Beira-Rio.
O escasso tempo de treinamento físico e técnico para alguém de 42 anos é um obstáculo óbvio, mas os argentinos adoram driblar obviedades. Especialmente pelo Boca em uma Libertadores.
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