Topo

Tales Torraga

Rápido e ultraofensivo: como joga o River que hoje enfrenta o SPFC

Borré, atacante do River Plate, comemora gol marcado contra o São Paulo, na Libertadores - Pool/Andre Penner
Borré, atacante do River Plate, comemora gol marcado contra o São Paulo, na Libertadores Imagem: Pool/Andre Penner

Colunista do UOL

30/09/2020 07h04

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Um dado simples ajuda a entender a força do atual River Plate. Dos 11 titulares de hoje em Avellaneda para enfrentar o São Paulo, simplesmente todos atuaram na decisão da Libertadores do ano passado contra o Flamengo.

O goleiro é o excelente Franco Armani (33 anos) - visto hoje na Argentina como alguém menos brilhante que Andrada, do Boca, mas ainda assim capaz de atuações tão discretas quanto seguras. Montiel (23), pela direita, mais rápido e ofensivo, e Casco (32), mais plantado, à esquerda, serão os laterais. Casco está de volta, recuperado da covid-19.

A dupla de zaga conta com a experiência de Pinola (37) e a rapidez de Martínez Quarta (24), entrosados desde a chegada de Pinola ao clube em 2017. O volante é o raçudo e técnico Enzo Pérez (34), e daí para a frente o River só tem gente rápida e de "bom pé", como os argentinos definem os jogadores de toque refinado.

A começar com Nacho Fernández (30), tido para muitos como o melhor jogador da Argentina na atualidade. Ele e o uruguaio De La Cruz (23, irmão de Carlos Sánchez, do Santos) terminam de compor o meio-campo. De La Cruz é o dono das bolas paradas da equipe. Já fez golaços de perto e de longe.

A quarentena deu tempo para Gallardo mudar a equipe e deixá-la ainda mais ofensiva. Antes, quem jogava no meio era o zagueiro Rojas, e agora tal função é de Julián Álvarez (20), atacante de ofício, e que obviamente compõe a dupla de frente formada pelo argentino Matías "el oreja" Suárez (30) e o colombiano Rafael "el máquina" Borré (25). Os dois são brigadores, sufocam a saída de bola adversária e prezam pela rapidez - caso de Borré -, e pela técnica - caso de Suárez, que foi comparado até a Enzo Francescoli, ídolo do clube nos anos 1990.

Como se fosse pouco, Marcelo Gallardo, o lendário comandante da equipe, é o grande ídolo dos 119 anos do River. Dizer que o São Paulo hoje encara uma das melhores equipes da história do futebol argentino está longe de ser um exagero. A Libertadores comprova. Nas últimas cinco edições, o River alcançou dois títulos (2015 e 2018), um vice (2019) e uma semifinal (2017).