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Laver Cup no Brasil é possível, e Fonseca é um dos motivos

Tony Godsick, parceiro de Roger Federer na agência Team8 e chefão da Laver Cup, nem pestaneja para afirmar: "Com 200 milhões de pessoas? O país merece um grande evento de tênis!" Sim, a ideia de realizar uma edição da Laver Cup no Brasil está na mente dos organizadores, e João Fonseca é um dos principais motivos para isto.

O assunto surgiu na conversa que tivemos na manhã deste domingo, em San Francisco, no escritório montado para Godsick no Chase Center, onde foi disputada a Laver Cup deste ano. No bate-papo, o executivo falou sobre como a ideia da competição nasceu durante uma conversa com Federer dentro de um carro em Xangai, citou obstáculos enfrentados na primeira edição e destacou por que o evento segue como um sucesso de público mesmo depois das aposentadorias de Rafael Nadal, Andy Murray e, lógico, seu sócio suíço.

Quando falou sobre Fonseca, Godsick, que se desmanchou em elogios ao adolescente brasileiro, ressaltou que com o apelo de João, uma Laver Cup no Brasil seria um sucesso absoluto na venda de ingressos já nos dias de hoje. Por isso, vê com bons olhos a possibilidade de trazer a competição para a América do Sul.

"Com certeza, há uma possibilidade. O que mais estamos aprendendo com este evento é que é preciso encontrar a arena indoor certa. Acho que no momento, isso elimina alguns lugares porque não há espaços assim. Para nós, ter João no time foi muito importante para nós porque ele é um dos futuros do tênis. Com certeza. Pode haver lesões, isso ou aquilo, mas enquanto ele mantiver essa trajetória, ele vai ter sucesso, e isso traz empolgação. Vai haver mudanças no circuito, com um novo calendário, e não sei como isso vai afetar a América do Sul, mas se em algum momento pudermos ir ao Brasil ou à América do Sul, vamos tentar. Lembro que fomos ao Brasil em 2021 com Roger [para o Gillette Federer Tour] e jogamos em São Paulo duas ou três partidas. Foi incrível! Não havia ar no estádio [as exibições foram no Ginásio do Ibirapuera], a ventilação... Estava muito quente e úmido, mas a energia era incrível! Para mim, Roger e eu viajamos tanto juntos nos últimos 20 anos... Nós dois amamos brasileiros e italianos porque há tanta paixão! Quando Guga parou de jogar, houve uma queda, mas agora João está chegando na hora certa."

Perguntei, então, o que precisa acontecer para que a ideia saia do papel.

"Temos que encontrar uma arena, falar com os patrocinadores, João tem que continuar a fazer exatamente o que está fazendo... Quero dizer, poderíamos fazer agora. Ele é popular demais! Temos um evento ainda no nosso oitavo ano, e esperamos ir até lá [Brasil]. De cara, posso te dizer que seria um sucesso do ponto de vista da venda de ingressos, e a paixão seria inigualável. Vamos ver. Nosso time está olhando os lugares. Estaremos em Londres no ano que vem, e será uma cidade do resto do mundo depois disso [2027]. Talvez iremos à Ásia, ainda não sabemos. Tivemos uma reunião do board esta manhã, e há todo tipo de possibilidades. Vamos ver, mas estamos observando o mercado [brasileiro]. E como disse antes, 200 milhões de pessoas? O país merece um grande evento de tênis!", destacou, empolgado.

A íntegra da conversa com Godsick será publicada em breve aqui no Saque e Voleio.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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