Lois Boisson: de 'cheira mal' a semifinalista de Roland Garros em 2 meses

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A francesa Lois Boisson, de 22 anos, é "o" assunto do dia em Roland Garros. Atual número 361 do mundo, ela bateu a russa Mirra Andreeva (#6) do mundo e avançou às semifinais do torneio. Dois dias antes, Boisson havia eliminado a número 3 do mundo, Jessica Pegula. É uma história, de fato, espetacular.
Entre tenistas ranqueadas, Boisson é a tenista de pior ranking nos últimos 40 anos a alcançar uma semifinal de slam (essa estatística não inclui Kim Clijsters, campeã do US Open de 2009 ou Justine Henin, vice-campeã do Australian Open de 2010 - ambas voltavam de afastamentos e competiram sem ranking nesses torneios). Ela saltará para dentro do top 70 e deixará de ser a #24 da França para ser a mais bem ranqueada de seu país.
Há menos de dois meses, porém, Boisson ganhou manchetes por um motivo bastante diferente. A britânica Harriet Dart, sua adversária na primeira rodada do WTA 250 de Rouen, fez um pedido inusitado árbitra do jogo: "Diga a ela para usar desodorante. Ela cheira muito mal."
Boisson nem ouviu e só ficou sabendo do comentário duas horas depois, quando o vídeo do momento (veja acima) viralizou. A francesa não se importou muito. Levou na esportiva. Postou no Instagram uma foto editada, com a imagem de um desodorante Dove sobre sua mão. Marcou a arroba da empresa e escreveu: "aparentemente, preciso de uma collab." Dart, depois, pediu desculpas, e o episódio, como tudo que viraliza, ficou no passado. Até agora, quando os fãs lembraram que a Boisson-fenômeno-de-Roland-Garros é a mesma Boisson-mal-cheirosa-de-Rouen.
Lois Boisson is funny for this glad she's not taking things too personally pic.twitter.com/DiQ05bTbuc
-- Christian's Court (@christianscourt) April 15, 2025
No lado sério da coisa, Boisson é uma esperança do tênis francês há alguns anos. Recebeu convites da Federação Francesa para disputar o quali de Roland Garros em 2021 (perdeu na segunda rodada), 2022 (estreia) e 2023 (estreia). No entanto, seus últimos anos tiveram lesões aqui e ali, inclusive um rompimento de ligamento cruzado anterior no ano passado, em maio, quando subia no ranking, era a #152 do mundo e se preparava para Roland Garros. Lois só voltou a competir em fevereiro deste ano. No começo do mês passado, sem conseguir defender a maioria de seus pontos, caiu para fora do top 500.
Agora, com o top 100 garantido, a francesa dona de uma direita com bastante spin e um jogo versátil, alcança o posto de tenista mais bem ranqueada de seu país e está a duas vitórias de um título mais do que sonhado.
"Com certeza, vou buscar o sonho porque meu sonho é vencer, e não estar nas semifinais, então vou fazer meu melhor para alcançá-lo."
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