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Nadal, enfim, teve a despedida que merecia em Roland Garros

Despedidas, no tênis, têm um quê de cruel. Por mais belas que sejam, elas costumam vir depois de derrotas. Por isso, quando a Federação Internacional de Tênis (ITF) fez uma cerimônia para Rafael Nadal durante a Copa Davis, no ano passado, houve quem criticasse (e não foram poucos). A Espanha estava eliminada, e Rafa acabava de ter uma atuação muito abaixo do seu melhor. Antes, Nadal já havia se despedido sem grande cerimônia tanto do torneio de Roland Garros quanto dos Jogos Olímpicos, que também foram em Paris.

Hoje, contudo, foi à altura do que Rafa merecia, do que Rafa simbolizou para o tênis. Em sua primeira edição desde 2004 sem o espanhol na chave, Roland Garros compensou com uma homenagem sem igual - a começar por colocar todos espectadores da Quadra Philippe Chatrier vestidos da cor do saibro, com camisas que diziam "Merci, Rafa".

Houve clipe no telão, houve aplausos de pé e houve um belo discurso de Rafa, mas o melhor veio no fim. Primeiro, com a entrada triunfal do resto do Big Four para abraçá-lo pessoalmente. Depois, com Roger Federer, Novak Djokovic e Andy Murray na quadra, a Federação Francesa revelou uma placa com o nome de Nadal que ficará no saibro da Chatrier para sempre. Um registro do tamanho do que o espanhol, campeão 14 vezes ali, representa para Roland Garros.

Uma homenagem, enfim, como Rafa merecia.

Coisas que eu acho que acho:

- Tudo parece ter sido foi feito com um planejamento minucioso. Vestir uma quadra com 15 mil pessoas da mesma cor? No tênis? Parecia impensável até este domingo. A placa na quadra? Inédito. Foi lindo de ver.

- Ouvi sobre mudarem o nome de Philippe Chatrier para Quadra Rafael Nadal. Não pegaria bem. Não se troca nome de homenageado assim. E aquela quadra nem leva o nome de Chatrier há tanto tempo assim. A placa eterna foi uma saída brilhante.

- Não fosse a homenagem, teria sido mais um domingo entediante pela maior parte do dia, como quase sempre são os primeiros domingos desses slams que esticam o torneio para vender 30 mil ingressos a mais.

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- Thiago Monteiro tem muito mérito por salvar três match points e levar ao quinto set um jogo que estava um tanto complicado. Mas começou mal a parcial decisiva e não se recuperou mais. Agora tem no currículo uma vitória e sete derrotas em jogos decididos no quinto set.

- Beatriz Haddad Maia, que até sexta-feira competia em Estrasburgo, e João Fonseca, que vai duelar com Hubert Hurkacz, finalista em Genebra no sábado, só vão estrear em Roland Garros na terça-feira (se a programação não for alterada até lá).

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Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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