Fonseca se enfiou em buraco e novamente não conseguiu sair

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A história da semana passada se repetiu em outro cenário. João Fonseca começou o jogo errando muito, cedeu uma quebra de saque e deixou que um adversário perigoso jogasse à vontade. Esboçou uma reação no segundo set, esteve perto de abrir vantagem, mas não conseguiu e voltou a falhar na reta final.
Foi assim contra Jesper de Jong na primeira rodada do Challenger de Estoril. O holandês fez um 6/2 rápido no primeiro set e abriu uma quebra de vantagem na segunda parcial. Fonseca se recuperou, devolveu a quebra e equilibrou as ações, mas voltou a perder o serviço no 12º game, o que decidiu o jogo.
Nesta quinta-feira, no Masters 1000 de Roma, o oponente era o húngaro Fabian Marozsan, #61 do mundo. Assim como De Jong, trata-se de um tenista competente e perigoso, mas não espetacular. E quando errou seguidas direitas, Fonseca cedeu uma quebra logo no começo da partida, o que deixou Marozsan mais confortável para fazer seu jogo. Fechou o primeiro set sem problemas e abriu uma quebra de frente no segundo. Mais uma vez, João igualou o placar e teve até três break points para abrir vantagem. Não conseguiu converter e foi forçado a jogar um tie-break, quando assinou sua sentença ao cometer duas duplas faltas seguidas. Marozsan, que foi competente, mas não necessariamente brilhante, aproveitou e fechou o jogo.
É até esperado que Fonseca tenha seus altos e baixos, sobretudo nesta sua primeira temporada completa jogando em nível ATP. Os adversários são mais fortes, mais cascudos e oscilam menos. Quanto mais forte o torneio, menor é a margem para essas sequências de erros não forçados, e o carioca, nesta reta final de pré-Roland Garros, pagou o preço por esses começos de jogo ruins.
Coisas que eu acho que acho:
- Duas semanas atrás escrevi sobre como o aproveitamento de João Fonseca em break points (então 36% na temporada) estava abaixo da maioria do top 50. Desde então, o carioca perdeu três pontos percentuais no quesito (33% agora). Hoje, contra Marozsan, converteu apenas uma das quatro chances que teve (25%). Mesmo com os atenuantes - adversários jogando bem - é um número bem abaixo do ideal para quem sonha alto no circuito.
- Marozsan esteve longe de fazer uma partida impecável. No primeiro momento de pressão, cometeu uma dupla falta em um break point. Mais tarde, cedeu o primeiro mini-break do tie-break ao errar uma esquerda simples. Ou seja, Fonseca teve chances - ainda que pequenas - aqui e ali.
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