Novo WTA 250 de São Paulo já nasce querendo ser 500

Ler resumo da notícia
A volta do circuito mundial feminino ao Brasil foi confirmada na semana passada, com o anúncio da realização do SP Open, um torneio da série WTA 250 que será jogado em setembro, no Parque Villa-Lobos, na capital paulista. O evento será organizado pela mesma IMM que faz o Rio Open há mais de uma década, mas, diferentemente do torneio carioca, que dificilmente dará um salto de ATP 500 para Masters 1000, o evento paulista já nasce pensando em chances reais de subir de nível e tornar-se um WTA 500.
"O ponto principal é que a arena fique cheia e que as pessoas curtam o evento para que a gente possa conseguir dar longevidade para o evento e fazê-lo crescer. Do lado do Rio Open, a gente já falou bastante e sabe que as possibilidades de ser um Masters 1000 eram muito pequenas. Acho que no WTA a gente tem uma chance mais real de fazer esse evento virar um WTA 500. Não é algo de curto prazo. É médio e longo prazo, 3-5 anos. Nos primeiros anos, vai ser um 250, mas por que não almejar que esse evento cresça, ainda mais numa cidade como São Paulo, que tem um público bem interessante de tênis?", diz Lui Carvalho, que é o diretor do Rio Open e exercerá a mesma função no SP Open.
A chave principal do WTA 250 paulista será disputada de 8 a 14 de setembro, em quadras duras. O qualifying começa um pouco antes, no dia 6. A data, que pertence às promotoras internacionais IMG e Mubadala Capital e será alugada para a IMM, é imediatamente seguinte ao US Open, também jogado em piso sintético.
Também é a mesma data [no tênis, a expressão "data" é usada para designar a licença para se realizar um torneio, mesmo que ela não esteja sempre na mesma posição do calendário] que foi do Rio Open, quando este pertencia parcialmente à IMG. O torneio carioca teve chaves femininas em 2014, 2015 e 2016. A partir de 2017, a IMG usou a data para fazer um WTA 250 em Budapeste. Em 2022, a promotora levou o torneio para Monastir, na Tunísia, onde manteve o evento até o ano passado.
Enquanto isso, nas entrevistas que concedeu durante o Rio Open nos últimos anos, Carvalho sempre falou que havia a vontade de trazer um torneio de nível WTA de volta ao Brasil. Agora, finalmente, a possibilidade apareceu.
"A gente estava precisando achar a janela de oportunidade certa. Essa licença estava com Monastir, e tinha um contrato de três anos com opção de extensão, mas também tinha uma cláusula de término, então a gente ficou ali, dançando um pouco em cima do que fazer nesse lado, no que diz respeito a ter a data disponível. Depois, o outro lado era achar o parceiro ideal. Obviamente, o parceiro ideal para trazer esse evento de volta para o Brasil era a IMM. A gente estava em negociações para fazer um acordo que fosse bom para IMG e IMM e para a Mubadala também, que é dona dessa data junto com a IMG. Isso leva tempo", adicionou o executivo.
.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.