Brasil 'biadependente' termina Billie Jean King Cup zerado nas simples

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Se a derrota de ontem para a República Tcheca foi desanimadora, o revés desta sexta-feira, diante da Espanha, completou uma participação dura de ver para a torcida brasileira. Primeiro, Sara Sorribes Tormo (#85 do mundo) fez 6/3 e 7/5 sobre Laura Pigossi (#182). Depois, Jéssica Bouzos Maneiro (#69) derrotou Beatriz Haddad Maia (#17) por 6/3, 4/6 e 6/4.
Laura voltou a ter problemas para confirmar seu saque e nem contra uma jogadora mais conservadora como Sorribes Tormo conseguiu se impor consistentemente do fundo de quadra. Só confirmou seu serviço três vezes. Somando os dois jogos, venceu só quatro de 19 (!!!) games de serviço.
Bia, por sua vez, teve um bom começo, abrindo 3/0, mas seu jogo se desfez no resto da parcial, como vem acontecendo com frequência. Assim como na véspera, perdeu sete games seguidos. "Voltou" ao jogo no segundo set e reagiu, vencendo sua primeira parcial em seis jogos (as cinco derrotas anteriores vieram em sets diretos).
Infelizmente, o Brasil já não tinha mais chances matemáticas quando isso aconteceu (imagino que Bia não sabia das contas quando entrou em quadra). E Haddad Maia acabou sucumbindo na reta final do terceiro set, apesar de ganhar uma segunda vida após um péssimo sétimo game de Bouzos Maneiro, que tinha 4/2 de vantagem. No décimo game, Bia abre 30/0 e perde quatro pontos seguidos. Uma direita vencedora da espanhola definiu o confronto. É a oitava derrota consecutiva da número 1 do Brasil.
Resumindo? Não que seja novidade, mas se algo fica evidente mais uma vez na Billie Jean King Cup, é a "biadependência" do time brasileiro. O capitão Luiz Peniza segue sem uma número 2 capaz de vencer jogos nesse nível, contra adversárias do top 100 - muito menos em quadra dura. Uma campanha melhor nesta competição não era nada impossível. Para isso, contudo, Bia precisaria jogar mais.
Coisas que eu acho que acho:
- Vi, sim, alguma evolução em Bia Haddad nesta sexta-feira. Mais na postura do que no tênis praticado. Pode ser consequência do ambiente de equipe e de ter essa pequena torcida na beira da quadra. Na prática, não adiantou. O futuro vai dizer se foi um ponto de partida para um momento melhor no circuito.
- Apesar dos resultados, é preciso reconhecer e agradecer a Bia por ter ido a Ostrava. Escreverei mais sobre isto amanhã.
- Ah, Alexandre, por que você não citou as duplas? A partida contra a República Tcheca beirou o irrelevante, já que o confronto estava perdido, e contava apenas pelo saldo, que poderia nem ser um fator (como não será). A dupla desta sexta não vale nada mesmo, nem para Brasil nem para Espanha. O título do grupo será decidido em um confronto direto entre espanholas e tchecas.
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