Saque e Voleio

Saque e Voleio

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
ReportagemEsporte

Fonsequizado, Rio Open abre 11ª edição pensando em expandir

"A quadra não comporta mais João Fonseca. Precisa de uma quadra maior. Não tem mais como ter uma quadra de seis mil lugares com Fonseca. Não é Zverev. Não é Rune. Não é Musetti. É João Fonseca. Que legal que a gente tem esse problema, mas de fato a gente está olhando a longo prazo para ele."

Quem disse isso foi Luiz Carvalho Procópio, diretor do Rio Open, em recente conversa com Fernando Meligeni e Fernando Nardini no podcast "New Balls Please". E é assim, fonsequizado e pensando em expandir, que o ATP 500 carioca chega à 11ª edição, cuja chave principal tem seus primeiros jogos nesta segunda-feira, no Jockey Club Brasileiro.

Oficialmente, ninguém na organização fala em deixar o Jockey, que sedia o evento desde 2014 e com quem a IMM, promotora do evento, mantém uma ótima relação. No entanto, pode ser que haja, sim, a necessidade de encontrar um espaço maior para um evento cujos ingressos esgotam em poucos minutos. Na última semana, os bilhetes para o qualifying, torneio de acesso ao Rio Open e sem nenhuma estrela do tênis mundial, foram todos adquiridos em dois minutos.

É possível aumentar a Quadra Guga Kuerten, que atualmente tem capacidade para 6.200 pessoas, mas nenhuma solução é considerada ideal, segundo apurou o Saque e Voleio. Ampliar a arquibancada no fundo de quadra onde ficam as câmeras de transmissão exigiria fazer também um túnel de acesso para que os espectadores pudessem se locomover até a arquibancada lateral. O outro fundo de quadra é visto como intocável porque uma obra de ampliação ali significaria mexer no Corcovado Club, a badaladíssima área VIP do torneio.

Tecnicamente, também é possível aumentar a arquibancada lateral onde está instalado o telão, mas avançar naquele espaço naquela área também seria "estrangular" uma importante área de circulação de fãs, estrategicamente colocada em frente ao bar da patrocinadora.

E o Centro Olímpico?

Uma mudança de sede para o Centro Olímpico de Tênis, na Barra da Tijuca, também não é vista como opção viável no momento. A estrutura do local é um problema. A quadra principal, que oficialmente pode receber cerca de 10 mil pessoas, está mal conservada e com goteiras na estrutura interna.

Além disso, as quadras externas, que precisariam de reformas e necessitariam a construção de arquibancadas temporárias, são todas de piso duro, enquanto o Rio Open é jogado em quadras de saibro. Mudar o torneio para quadra duras, no momento, é improvável, já que exige um processo burocrático e político dentro da ATP. Por outro lado, para transformar as quadras do Centro Olímpico em quadras de saibro, será necessário refazer o piso por completo, incluindo um sistema de drenagem bom o bastante para lidar com as chuvas de verão que anualmente atrasam a programação do Rio Open.

Decisão não será súbita

Continua após a publicidade

Em seus 11 anos de história, o Rio Open melhorou em organização e estrutura, mas nada aconteceu rapidamente. Logo, uma ampliação considerável não virá de um dia para o outro. O que se sabe é que, internamente, a organização vem explorando e estudando possibilidades diferentes, tanto dentro do Jockey Club Brasileiro quanto fora, embora não haja conversas com nenhum outro local no momento. A presença de João Fonseca, que já é o novo número 1 do Brasil, pede isto.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.