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Bia começa mal, mas se recupera e bate qualifier no Australian Open

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Imagem: Getty Images

Colunista do UOL

18/01/2022 06h11

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Três anos depois, Beatriz Haddad Maia volta a vencer uma partida na chave principal do Australian Open. O triunfo, contudo, não veio de maneira simples. A paulista de 25 anos, #83 do mundo, precisou de três sets para se recuperar de um péssimo início de partida e bater, de virada, a jovem americana Katie Volynets (#176), de 20 anos, que veio do qualifying. O placar final registrou 3/6, 6/2 e 6/3 para a atual número 1 do Brasil.

Bia não vencia no torneio desde 2019, quando furou o qualifying e superou a americana Bernarda Pera na primeira rodada. Este Australian Open, aliás, é seu primeiro slam em uma chave principal desde aquela mesma temporada. Foi em 2019 que a paulista deu positivo em um exame antidoping e acabou suspensa por dez meses. Perdeu patrocinadores, ficou mais de um ano sem competir e caiu para a última posição no ranking mundial. Bia vem se recuperando aos poucos e, agora, no top 100, voltou a conseguir uma classificação direta para um slam.

Sua vitória foi a única do Brasil nas simples em Melbourne em 2022. Pouco antes, na mesma Quadra 15 em que Bia bateu Volynets, Thiago Monteiro foi derrotado por Benoit Paire em cinco sets. No qualifying, o Brasil teve quatro representantes, mas todos - Carol Meligeni, Laura Pigossi, Thiago Wild e Felipe Meligeni - foram derrotados na fase inicial.

A próxima adversária de Bia neste Australian Open será a romena Simona Halep, ex-número 1 do mundo. Depois de uma temporada 2021 com lesões, Simona começa 2022 em grande forma. Ela foi campeã do WTA 250 Melbourne 1, disputado na primeira semana do ano, e agora soma seis vitórias seguidas. Atual #15, Halep estreou no Australian Open com vitória sobre a polonesa Magdalena Frech por 6/4 e 6/3.

Como aconteceu

Bia começou a partida muito mal, acumulando erros não forçados e dando pontos de presente a uma rival que fazia muito pouco de especial. Após quatro games, a brasileira somava 12 erros não forçados e nenhum winner, e o placar mostrava 4/0 para Volynets. Aos poucos, Bia foi se encontrando e jogando um tênis mais sólido, mas o buraco era grande demais para que fosse possível salvar a parcial. A paulista ainda devolveu as duas quebras, mas voltou a perder o serviço no oitavo game, o que deixou Volynets à frente por 5/3. A jovem americana aproveitou e fechou a parcial em 6/3.

A partida, porém, foi mudando aos poucos. Bia salvou break point no primeiro game do segundo set e foi quebrada dois games depois. Volynets, contudo, não teve a facilidade da parcial anterior. A brasileira conseguiu ser mais eficiente, agrediu mais e passou a dominar a maioria dos ralis. Bia tomou o controle da partida, levou a melhor na maioria dos pontos importantes (salvou outro break point no sétimo game) e venceu cinco games seguidos até fazer 6/2 e forçar o terceiro set.

A parcial decisiva começou com mais do mesmo: Bia salvou dois break points no game inicial e quebrou a americana em seguida para abrir 2/0. Desta vez, foi Volynets quem ensaiou uma reação e igualou o placar em 2/2, mas a brasileira estava mais sólida e voltou a comandar as ações. Com uma nova quebra no sexto game, Haddad Maia abriu 4/2 e não olhou mais para trás.

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