Topo

Saque e Voleio

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Carol Meligeni e sua insustentável leveza de ser

Divulgação/Luz Press
Imagem: Divulgação/Luz Press

Colunista do UOL

25/12/2021 11h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A história desta entrevista começa quase dois meses antes de Carol e eu sentarmos no Clube Hípico de Santo Amaro, no começo de dezembro. Peço, portanto, permissão para relatar uma conversa do dia 29 de outubro entre Fernando Meligeni, tio de Carol, e o Dr. Rafael Radaeli, meu endocrinologista e melhor médico/amigo/psicólogo/conselheiro do mundo.

Junto com outros amigos, os dois batiam papo após uma clinica de Fino em Ribeirão Preto, e Dr. Radaeli, fã assumido de Carol, comentou que a sobrinha se comunicava tão bem nas redes sociais como o tio. Meligeni respondeu que a sobrinha melhoraria muito quando conseguisse transferir essa leveza para dentro de quadra.

O médico me contou essa parte da conversa e daí veio o gancho para o tema principal desta entrevista: como Carol tem comportamentos tão diferentes. Fora da quadra, é brincalhona e descontraída. Dentro, competitiva e muito exigente consigo mesma. Talvez até demais. "As pessoas não conseguem entender como é que consigo ser duas pessoas totalmente diferentes", disse a atual #131 do mundo em duplas e #248 em simples.

Conversamos bastante sobre isso, mas sobre muito mais. Carol falou sobre sua temporada - "a melhor que já tive"- a importância de alcançar objetivos aparentemente pequenos, a (im)possibilidade de priorizar duplas na carreira, vacinação obrigatória, Peng Shuai/WTA/China e algumas cositas más. Vocês vão gostar de ler.

Você subiu nos dois rankings esse ano, fez uma final de torneio de US$ 25 mil em simples e conquistou 7 títulos em dupla. Dois em torneios de US$ 60 mil e mais cinco em torneios de US$ 25 mil, além de um vice em um WTA 125 em duplas também. Está feliz com a temporada, imagino...

Aham, foi uma temporada muito boa. Foi a melhor que eu já tive até então. É, foi a mais consistente, eu diria.

Óbvio que você não subiu só por causa disso, mas o quanto ajudou essa sequência agora de torneios na América do Sul, no saibro, em casa...

Muito!

Tirando a Panna (Udvardy, tenista húngara que alcançou quatro finais, conquistou dois títulos e somou duas vitórias sobre Carol e mais três sobre a brasileira Laura Pigossi), uma tremenda mala (risos) ...

Eu já falei pra ela: "Filha, não volta mais pra América do Sul. Cê não tá entendendo!" (risos). Foi muito importante porque nessa época do ano normalmente o que acontece é que a gente tem que jogar na Europa. Hard indoor! Não é minha superfície preferida, nem perto de ser! Então é mais uma oportunidade de jogar na América do Sul, perto de casa, de poder viabilizar viajar com treinador. Então acabou sendo uma oportunidade muito boa para as sul-americanas de poder jogar? Pra mim, principalmente nas condições que eu mais gosto, e conseguir emplacar aí várias semis seguidas e fazer bons resultados nas duplas também. Então me ajudou bastante na confiança e a chegar perto do ranking que eu tinha traçado como meta em vários anos anteriores a isso.

Que era o ranking pra você entrar em qualis de Slam?

É, para poder entrar em grand slam.

Carol Vert 1 - Divulgação/Luz Press - Divulgação/Luz Press
Imagem: Divulgação/Luz Press
Foi uma coisa que eu até conversei com o Fino hoje de manhã, e ele dizia que são pequenas metas para quem está do lado de fora, mas para quem está jogando não é tão pequeno assim alcançar um objetivo assim, né?

Claro! Quantos anos eu não fiquei ali entre 500-400, daí tinha um bom resultado numa semana solta no ano e depois não tinha, não tinha constância... e ter conseguido fazer vários resultados bons, assim... Desde as primeiras semanas do ano, eu consegui fazer bons resultados. Ali no meio do ano eu me perdi um pouco e não fui tão bem, mas depois me achei de novo e... Putz, parece pouco, assim, pra quem tá vendo de fora ser só 250-240 do mundo, mas para a gente, é muito difícil. Ainda mais num ano que é atípico, que tem ranking congelado, um monte de gente lá em cima que talvez não deveria estar lá em cima. É mais difícil de subir e tudo mais. Então é difícil. Só a gente sabe o quão duro é estar ali no circuito, jogar muitas semanas seguidas na Europa, jogar muitas semanas seguidas pra tentar pontuar... E também a questão de pressão, né? Você vê que está jogando bem e daí você acaba se pressionando, começa a sair de cabeça... Tipo... Problemas bons, mas que acabam também te gerando um pouco de pressão. Você vê que está perto, mas aí você não quer saber quantos pontos faltam, só que ao mesmo tempo é bom saber quantos faltam (risos). Daí fica essa luta interna de tentar continuar fazendo o que você tem que fazer, o que você vem trabalhando pra poder conseguir os resultados, mas ao mesmo tempo essa pressão de ter que conseguir, sabe? De estar perto. Então é duro, eu valorizo o meu mindset durante o ano, de ir atrás e de ter tido momentos bem ruins mentalmente, muito ruins mesmo, e ter conseguido sair do buraco e conseguido chegar numa melhor versão.

Eu sei que você não gosta de falar sobre isso, então vou tirar logo essa pergunta do caminho...

(Carol ri e comenta com a assessora de imprensa) Não é que ele não vai fazer, né?

Eu vou fazer, mas não do jeito que você não gosta de responder (risos). Seu ranking das duplas hoje está 132, e o de duplas, 240. A pergunta que todo mundo faz é se existe chance de você focar na dupla. Não é exatamente isso que eu quero perguntar... O que eu queria saber é se vai chegar um ponto, ou qual é esse ponto que precisaria acontecer pra você ou tomar o caminho da dupla, ou frear a dupla e decidir "não, pera aí, vou jogar menos dupla e vou jogar simples pra tentar chegar no ranking de dupla e equiparar de novo."

Cara, então, o que eu tenho muito claro é que o meu objetivo principal é jogar simples. A dupla, tipo, eu nunca amei jogar dupla pra ser sincera e este ano aconteceu meio que sem querer pra falar assim, entre aspas. Eu estava num momento meio ruim, assim, eu comigo mesma. Estava sem confiança, estava super mal, tipo, numa fase, sei lá, que eu chorava treinando. Eu tava me sentindo mal mesmo jogando. e eu fui pra Europa?

(interrompendo) Mas por que que isso aconteceu?

Não, eu não tava me sentindo jogando bem, e eu tava me pressionando, estava meio que patinando no mesmo ranking e você acaba se pressionando porque você acha que deveria estar num lugar em que você não está ainda, daí você começa a pensar muito lá na frente. Tipo... Não é o que tá acontecendo, e você começa a pensar de mais, ansiedade, essas coisas? Eu estava tipo, ruim, assim. Daí eu fui para a Europa e perdi na primeira rodada num torneio, mas eu tava ale com um trabalho psicológico, com um psicólogo, e eu comecei a tentar aplicar na dupla, que era o que eu dava menos importância, as coisas que eu vinha conversando com ele. E eu tenho mais soltura na dupla do que na simples porque eu dou menos importância. Então algumas coisas começaram a fluir melhor e daí foi um título atrás do outro, mas tipo, eu não tava treinando para dupla, eu não tava fazendo nada. Só o que aconteceu é que consegui jogar mais solta aqueles torneios do que as simples e começou a desenrolar. Isso me ajudou muito para as simples também porque eu via que eu era capaz de num 5/5, duríssimo, no-ad, resolver e fazer coisas que depois na simples por que que eu não poderia, sabe? É o mesmo jogo, tipo, é tênis. E daí acabou que me ajudou também, e meu o ranking foi subindo, mas para mim é muito claro que meu foco é a simples. Eu tô no torneio ali, eu sempre penso no meu calendário pra simples. Eu vou e assino a dupla e jogo a dupla, claro! E eu até respondi ontem na caixinha de pergunta [no Instagram]: se eu estou numa semana X e eu não tenho nada pra jogar e eu vou entrar numa dupla num torneio grande, ou o que for, eu vou! Posso até ir, só que eu não vou fazer agora um calendário focado pra dupla. Tipo, eu não quero isso e não por preconceito nem nada, mas eu acho que eu posso ter tempo pra fazer isso no futuro, se eu quiser focar só na dupla em algum momento, mas agora eu não tenho nenhuma vontade, assim. Então prefiro sempre botar todas as fichas na simples e jogo a dupla, sempre jogo a full, perdendo ou não a simples, jogo a full. E se for bem, maravilhoso. Se não, tipo, tem sempre a outra semana pra focar na simples de novo.

Carol goiânia - Divulgação/Luz Press - Divulgação/Luz Press
Imagem: Divulgação/Luz Press
Você chegou no assunto que eu ia chegar... É uma pergunta que vem de uma conversa do Fino com o meu endocrinologista que eu já te falei que é seu fã, te adora, te acha linda e maravilhosa. Para resumir a história, o Fino tava em uma clínica em Ribeirão, o meu médico começou elogiar o seu Instagram, dizendo que ele achava que você tinha uma leveza legal, e o Fino responde: "O dia que ela levar essa leveza pra quadra, ela vai explodir.

Sim.

E agora você está me falando exatamente isso: que você se cobra, que você se pressiona...

Sempre as pessoas me falam isso.

Como é que é esse trabalho de você tentar brigar meio que contra o seu instinto, não sei se a expressão é essa, mas?

Então... Apesar de eu não ser uma jogadora que sou agressiva na forma de jogar... Tipo, eu sou muito agressiva, nas atitudes, sei lá. Você vê que eu grito, eu vibro, eu fico louca, sei lá. Eu tenho um monte de reação, e é duro porque eu me cobro demais, sou super perfeccionista desde sempre e, sei lá, me boto pressão, o que for. Então, na quadra, ali tudo reflete, sabe? As pessoas que me veem fora da quadra sendo engraçada, me veem no Instagram fazendo piada, não sei o quê, depois me veem na quadra sofrendo, assim, não conseguem entender como é que conseguem ser duas pessoas totalmente diferentes, e muita gente me comenta sobre isso: "Nossa, se você conseguisse ser a pessoa que você é fora..." (risos de ambos) Mas não, não dá, tipo, você entra ali, você fica enlouquecido com o que tá acontecendo e, pra mim, é muito difícil e acho que é uma busca constante. Eu já melhorei muito de como eu era? Duas semanas, atrás eu estive no Uruguai com o Bebe Perez, que era um treinador que eu tinha quando eu tinha 15 anos e tipo, sou outra pessoa, e eu me dou conta. A forma como eu desfruto o treinamentos... Antes, para mim, era tudo muito pesado e tal. Agora é muito mais tranquilo, só que mesmo assim, está valendo ali na quadra, e eu fico mesmo tensa, nervosa, tendo um monte de reação. Eu acho que realmente nunca vou ser diferente, sabe? Eu nunca vou ser uma pessoa totalmente leve porque eu sou assim. Mas dentro da minha personalidade explosiva e agressiva, eu tento a cada dia melhorar um pouquinho nisso para que seja menos custoso, menos sofrimento, menos duro.

Você consegue dar um exemplo de uma partida que você perdeu, mas que poderia ter ganhado por causa disso?

Mil! Muitas! Este ano, várias assim. Tipo, está tudo indo bem, você tá com o jogo meio encaminhado, a outra adapta alguma coisa, daí eu já fico pensando que a outra mudou e fico enlouquecida por causa disso. E tipo... Fico me cobrando porque a outra fez uma mudança que me incomodou. Pô, óbvio, né? Você está jogando contra uma mina que quer ganhar de você. Você não está jogando contra um cone que vai ser sempre igual. E sei lá, ter humildade nesse sentido de aceitar um pouco mais as coisas e tentar achar saída em cima da saída da outra porque é assim: tênis é a batalha o tempo inteiro e só vai acabar no último ponto. E também saber lidar e ser um pouco mais tranquila, aceitar mais as coisas? Tiveram vários jogos assim, como também tiveram vários jogos que aconteceu o contrário, mas é.

Voltando a falar um pouquinho sobre o seu Instagram... Eu já te disse isso antes, né? Eu acho legal e conheço muita gente que acha legal como você lida com a rede e as pessoas, mas o quanto é importante pra você ter essa conexão com gente que você não conhece e tá ali só torcendo por você, te mandando uma pergunta, querendo te conhecer mais? O quanto isso te ajuda na vida, ou não ajuda?

Tem os 2 lados da moeda. Não vou falar pra você que, tipo, é mil maravilhas Instagram porque este ano eu tive um momento feio com o Instagram, inclusive? É porque parece "ai, que legalzinho, que engraçado responder pergunta" só que você perde um jogo lá que o cara acha que você tinha que ganhar porque ele achou que você tinha... E daí é xingamento pra lá, xingamento pra cá e você vê os outros colegas de trabalho sendo xingados. E tipo... Isso, na verdade, zero paciência, sabe? Então eu tentei me blindar o máximo possível desse tipo de coisa, mas como falei, eu fora da quadra sou assim, sabe? Para falar assim, uma característica, eu sou autêntica, então eu gosto de ser assim em tudo, menos na quadra talvez (risos)? Mas no Instagram eu gosto de ser transparente, sabe? Às vezes as pessoas pintam uma vida nas redes que é super irreal, então eu tento mostrar como é mesmo e sem forçar a barra nem nada. Simplesmente "ó, o meu dia a dia é isso aqui, ou não é. Você tá me fazendo essa pergunta, eu acho isso, acho aquilo." Porque eu não gosto disso de, sei lá, forçar a barra ou fingir uma coisa, cagar regra - no bom sentido, sabe? Parecer que faz um discurso bonito, mas depois, por trás, faz tudo ao contrário, sabe? Então não, eu sou aquilo ali. Se tiver gostado legal, mas se não, é isso que eu tenho pra apresentar, e eu gosto de ter esse contato próximo. Às vezes, eu vejo pessoas que você vê o Instagram e dá pra ver que não é ela postando, tipo, um texto que não é ela que fez, sabe? E acho que isso acaba distanciando as pessoas, os torcedores de você. E eu tenho um feedback bom assim. As pessoas gostam de acompanhar e tudo e torcem, então prefiro assim desse jeito.

Isso ajudou direta ou indiretamente a conseguir um dos patrocinadores que você tem? Porque eu sei que já vi posts sobre a Granado e a Invisalign.

Eu acho que sim. Eu posto os que me ajudam, sabe? Eu acho que se eles estão? Se eles investem em mim ou acreditam em mim? São marcas que veem meu Instagram e, de repente, gostam da forma que eu me comunico com os meus seguidores, já que é uma forma bem sincera, e acreditam que eu posso chegar neles de alguma forma, então acabam contratando algum post ou até me ajudando no decorrer do ano. Ajuda, assim. O Ceará, que é a pessoa que toma conta dessa parte pra mim, ele fala bastante sobre o payback, né? Eu tenho, por exemplo, o patrocínio da Taroii. Não é porque eu jogo de Taroii que alguém vai comprar um prédio, um apartamento, sabe? Mas pô, é o respeito que eu tenho pela marca, é eu poder representar da melhor forma, é eu jogar com toda a minha garra também para representar essas pessoas que acreditam em mim.

Tem alguém que você vê no Instagram e pensa assim "queria ser que nem essa pessoa, queria fazer alguma coisa tão bem quanto ela faz"?

Eu acho engraçado a Jaque, do vôlei. É engraçadíssima (risos). Quem mais? Ela é engraçada, ela zoa, ela é engraçada zoa o marido, o Murilo? Isso eu não vou fazer, tipo, dancinha nem nada, mas... Ah, eu gosto das pessoas que vão com mais leveza, sabe? Não que coloca as coisa pronta ou sei lá. Mas agora não me vem ninguém, assim.

Ano que vem você começa na Austrália?

Se eu entrar [no quali Australian Open], eu jogo o torneio anterior ao Australian Open [neste sábado, Carol precisa de apenas uma desistência para conseguir uma vaga]. Tem muitos: dois ou três de US$ 60 mil, dois WTA 250 e um WTA 500 na mesma semana. Então alguma coisa dessas eu devo jogar antes. Deveria viajar, tipo, 27 de dezembro. Daí jogo o preparatório pra eu ir me adaptando, fuso, sei lá, muita coisa acontecendo... Primeiro grand slam, você fica um pouco deslumbrado, eu imagino. Então, para já, tipo, parecer que já está mais normal, sabe, quando chegar na hora de jogar mesmo (risos)

Carol 3 - Divulgação/Luz Press - Divulgação/Luz Press
Imagem: Divulgação/Luz Press
Você está vacinada?

Tô. Eu vacinei no meio desse ano. Foi nos EUA. Eu tive um problema de viagem, né? Um desses perrengues aí que não te deixam embarcar e acabei pegando uma conexão pros EUA e nessa já falei: "Putz vou, vou tirar isso de cima que já vai me facilitar a vida." Vacinei e foi um pouco mais fácil, pra ser sincera, assim, na viagem, na hora do check in porque olham no seu passaporte brasileiro e já é outra coisa, né? Já te querem fazer uma historinha. E com a carteira de vacinação ajudou. Mais tranquilo.

Você concorda ou é a favor do que o governo de Victoria fez? Só joga o Australian Open quem está vacinado?

Cara, eu acho que é duro falar se eu acho que tem que ser obrigatório ou não vacinação no geral, mas...

E para o torneio especificamente?

Eu acho que sim, cara. Se é a regra do país, eles conseguiram ficar quase sem casos [de covid], e é um evento desse tamanho, cheio de estrangeiro que eles não sabem o que estão fazendo, onde estão, com quem estão... Eu acho justo pra prevenir, precaver o país de ter outro surto desses, porque só cada país sabe o que passou, né? Durante a pandemia, que foi muito dura. Então acho justo, sim. É a regra do país e quem não estiver a fim não vai jogar, e é isso. Fazer o quê? Acho justo, sim.

Você acompanhou o caso da Shuai Peng? Concordou com a decisão da WTA de suspender todos torneios na China?

É uma forma de tentar fazer um movimento de algum jeito, já que é difícil controlar o que eles fazem lá na China com cada pessoa que eles querem silenciar ou o que for, então acho que é um bom boicote. Existe um movimento muito grande agora de as mulheres tomarem o seu lugar e lutarem pelos seus direitos. Qualquer tipo de agressão é horrivelmente visto. Se ela [Shuai Peng] se sentiu mal com algo que fizeram com ela, é muito válido ela ter denunciado. É claro que a gente está falando de outra cultura, de outro tipo de regime político, então ela infelizmente está sofrendo as consequências, mas é um exemplo de de que todas mulheres deveriam denunciar para que cada vez a gente tenha menos casos como esse. Acho que ela fez certo e espero muito que ela esteja bem e saia dessa situação o mais rápido possível e tenha segurança e seja protegida de alguma forma."

.

Quer saber mais? Conheça o programa de financiamento coletivo do Saque e Voleio e torne-se um apoiador. Com pelo menos R$ 15 mensais, apoiadores têm acesso a conteúdo exclusivo (newsletter, podcast e Saque e Voleio TV), lives restritas a apoiadores, além de ingresso em grupo de bate-papo no Telegram, participação no Circuito dos Palpitões e promoções imperdíveis.

Acompanhe o Saque e Voleio no Twitter, no Facebook e no Instagram.