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Com Del Potro e Thiem, Rio Open pode ter a chave mais forte de sua história

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Imagem: Fotojump

Colunista do UOL

17/12/2021 16h32

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A semana foi boa para a organização do Rio Open. Na quinta-feira, Juan Martín del Potro, ainda se recuperando de uma lesão no joelho, anunciou sua intenção de disputar o ATP 500 carioca. Um feito e tanto, considerando que o argentino não disputa os ATPs sul-americanos de saibro desde 2006, quando ainda tinha 17 anos e sequer havia entrado no top 100.

Hoje, aos 33, campeão de slam (US Open/2009) e da Copa Davis (2016), medalhista olímpico (bronze em Londres-2012 e prata na Rio-2016) e um dos tenistas mais carismáticos do circuito, Delpo é objeto de cobiça de qualquer diretor de torneio, e foi Lui Carvalho, o homem que comanda o Rio Open, quem fez a cabeça do argentino (não, a iniciativa não foi dos organizadores do ATP 250 de Buenos Aires, disputado uma semana antes do evento carioca).

Mas não foi só isso. Outro campeão de slam foi anunciado pelo Rio Open nesta sexta-feira: Dominic Thiem, que levantou o troféu do US Open de 2020, foi campeão também no Rio em 2017 e já disputou duas finais de Roland Garros. O austríaco de 28 anos é outro nome que vale ouro no circuito, especialmente para os organizadores de torneios no saibro, piso favorito do atleta.

É bem verdade que hoje, em dezembro, não dá para cravar 100% a presença de ambos. Del Potro não compete desde junho de 2019. Desde então, passou por quatro cirurgias no joelho direito. A última, realizada em março deste ano, parece ter trazido melhores resultados. O argentino está treinando e, pela primeira vez, anunciou a intenção de um retorno. O Rio é uma de suas metas.

Thiem também está se recuperando de uma lesão séria no punho direito e não compete desde Roland Garros. O austríaco, porém, parece estar mais perto dos torneios. Ele até competiria nesta semana, em um torneio-exibição em Abu Dhabi, mas desistiu. Dominic vai viajar até Melbourne e tudo indica que ele estará na chave do Australian Open. O Rio, um mês depois, deve fazer parte de seu retorno ao saibro.

Vale lembrar que o Rio Open também já havia anunciado a presença de Matteo Berrettini (#7 do mundo), Casper Ruud (#8), Pablo Carreño Busta (#20) e Carlos Alcaraz (#32). O francês Benoit Paire (#46) anunciou que também estará no torneio. Se todas as presenças se confirmarem (sempre há risco de lesão), será possível dizer que o Rio Open de 2022, em sua oitava edição, terá a chave mais forte de sua história.

Parece exagero - até porque não é 100% justo comparar a lista de anunciados para 2022 às chaves completas dos eventos anteriores - mas a expectativa é exatamente essa. Vale lembrar que são muito prováveis as presenças do argentino Diego Schwartzman (#13, campeão em 2019) e do chileno Cristian Garín (#17), atual campeão do torneio. Também é possível a vinda do quarteto italiano formado por Lorenzo Sonego (#27), Fabio Fognini (#37), Lorenzo Musetti (#59) e Gianluca Mager (#62). Somando esses nomes todos às presenças brasileiras de Thiago Monteiro, Bruno Soares, Marcelo Melo e outros classificados/convidados, tudo aponta mesmo para um Rio Open fortíssimo.

Coisas que eu acho que acho:

- No papel, meu Rio Open mais forte continua sendo o de 2016, que contou com Nadal, Ferrer, Tsonga, Isner, Thiem, Sock, Fognini e Bellucci como cabeças de chave. Na prática, porém, foi uma edição em que os principais nomes deixaram a desejar: Tsonga, Isner, Sock e Bellucci tombaram na estreia. O campeão foi Pablo Cuevas, que bateu Guido Pella na decisão.

- Com a lista deste nome, caso todos confirmem suas presenças, é muito improvável que o mesmo aconteça. Todos ali, de Berrettini a Alcaraz (e incluo, por minha conta, os campeões Schwartzman e Garín) devem dar ao Rio Open o valor que o torneio merece. Ninguém deve vir a passeio.

- Ingressos? Corram aqui. Já acabaram as entradas para o fim de semana. Recomendo fortemente que comprem bilhetes para os primeiros dias. Del Potro não será cabeça de chave e certamente jogará na segunda ou na terça-feira.

- Som de hoje no meu Kuba Disco: "Trains to Brazil", de Guillemots (é forte e bem menos alegre do que alguém pode imaginar pelo título).

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