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Com planos de voltar em maio, Luisa Stefani já tem nova parceira na mira

Reuters
Imagem: Reuters

Colunista do UOL

09/12/2021 16h16

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Desde que passou pela cirurgia para tratar o ligamento rompido no US Open, Luisa Stefani pensa em voltar ao circuito em maio. Sua meta é o WTA 1000 de Roma, como ela revelou ao Saque e Voleio em outubro. Agora, em nova conversa realizada em São Paulo, a medalhista olímpica de bronze e atual número 10 do mundo no ranking de duplas revelou que já tem uma nova parceira na mira.

O assunto veio à tona depois que a canadense Gabriela Dabrowski contou que, após a lesão de Luisa, firmou compromisso para jogar a temporada inteira de 2022 ao lado da mexicana Giuliana Olmos. Depois disso, a brasileira, mesmo sem ter certeza absoluta de que conseguirá voltar ao circuito em maio, precisou se planejar e hoje garante já ter um nome em mente.

Luisa, aliás, também falou sobre seus planos de voltar a competir em simples - que também foram interrompidos por causa da lesão no joelho. Veja abaixo o que ela disse sobre a possível futura parceira - que ela não quis revelar o nome - e sobre os planos para os próximos meses.

A Gaby contou na entrevista pra mim que vai jogar com a mexicana Giuliana Olmos em 2022 e que é um compromisso para a temporada inteira. Ela já tinha te contado, imagino. Como foi essa conversa, esse processo?

Foi tranquilo. Obviamente, ela [Gaby] foi tão pega de surpresa quanto eu com a lesão. Eu sofri a lesão, mas afetou o calendário e os planos dela tanto quanto os meus. Depois dali, eu estava naquela de arrumar médico, cirurgia, pós-cirurgia, recuperação, vir para o Brasil... Comecei a resolver a minha vida, e a gente conversou, obviamente. Uma coisa legal da nossa parceria é que sempre foi, apesar da amizade, muito profissional. Acho que provavelmente por conta da experiência dela de lidar com relacionamentos, parcerias, de ter tido relacionamentos longos e de ficar sem parceira, todas essas experiências dela ajudam, e a amizade ajuda. Quando ela decidiu que ia jogar com a Giu, ela veio me falar. Que pensou bastante, que conversou com a equipe, que não estava fácil estar na situação em que ela estava, de decidir se esperava para jogar quando eu voltar - meu plano é maio - ou ela teve a oportunidade de parceira com a Giu, com quem ela jogou bem em Miami. Perdeu para a gente [Luisa e Hayley Carter], por sinal. Ali é uma parceria de muito potencial, e são duas meninas que são mais duplistas. Ela falou super abertamente, eu entendi... Não sei o que eu faria na posição dela, mas eu com certeza tentaria achar uma parceira boa para o começo da temporada e focar no agora. Ninguém sabe o que vai acontecer quando eu voltar, então é isso.

É óbvio que é cedo demais para você, mas quando ela te falou isso, começou a passar nome na sua cabeça de com quem você gostaria de jogar ou o tipo de parceira ideal para você?

Com certeza.

Você se incomoda de falar?

Não vou ainda falar as minhas opções... Eu já conversei com uma menina, que está mais encaminhado porque é bem viável, bem possível que aconteça. Uma menina que eu já via como possível parceria. Ela estava bem firmada com uma parceira este ano, mas ano que vem vamos ver. Ela que chegou a me mandar mensagem. Achei super legal porque assim... Eu estou numa situação delicada, em que nada é garantido. Eu tenho certeza - eu - que vou voltar bem, mas vir dela "eu sei que você vai se recuperar e a gente vai ser um bom time juntas"... Eu achei muito legal da parte dela [fazer isso] tão cedo na minha recuperação. Depois que a Gaby falou, eu tinha outras coisas me preocupando mais, mas ter mensagem assim não só de uma, mas de duas - uma que eu acho mais legal, essa parceria que eu acho bem possível - me deu quase um alívio, uma confiança de que mesmo que não seja com ela, eu vou ter opções. Tanto por causa do ranking quanto por causa da minha recuperação. Definitivamente, isso me dá uma tranquilizada.

Que tipo de característica você busca numa parceira?

Então... Eu sempre pensei que precisava de uma parceira que jogue bem do fundo, que seja muito sólida ali, que tenha um bom saque para me ajudar na rede... Se tiver um bom saque, já facilita nos nossos games para controlar a rede. E também uma boa devolução, que seja sólida porque se eu oscilar um pouco mais no que antes me deixava um pouco na mão. Agora acho que estou mais confiante que não é tanto o principal. Mas, principalmente, a química eu acho importante. O relacionamento que seja aberto de comunicação, poder trabalhar juntas para o mesmo objetivo, que seja conversar abertamente sobre como a gente vai jogar, e que nossos jogos encaixem assim. Acho que essa é uma das parceiras que eu acho legal. Talvez com uma menina que jogue simples. Ou talvez uma pessoa como a Gaby, que é uma jogadora completa, super versátil, que consegue jogar na rede, consegue jogar no fundo, mas que juntas a gente vá jogar um jogo mais de dupla, indo para a frente, com as duas meio que cobrindo a quadra inteira. Então são alguns tipos de jogadora que são mais compatíveis.

Outra coisa que a Gaby comentou que me chamou atenção foi ela levantar a possibilidade de você jogar mais simples quando voltar da lesão. Foi algo que você contou pra ela?

Faz tempo que eu queria jogar simples. A minha ideia de calendário [para 2021, antes da lesão] era jogar Indian Wells e vir para o Brasil jogar torneios de simples. Estava muito claro na minha cabeça que eu não via a hora de jogar 3-4 torneios em casa, onde eu provavelmente conseguiria wild card ou até em encaixaria num dos W125 ou enfim... Tentar jogar mais simples para ganhar ritmo e aumentar meu ranking para no ano que eu eu conciliar melhor. Esse era o meu plano. Obviamente, as coisas mudaram muito rápido. Para o ano que vem, também é uma coisa que eu tinha em mente. No top 10 de duplas, eu consigo entrar nos torneios grandes. Era um grande objetivo que eu tinha. Obviamente, quero ir muito além, quero ganhar grand slam, quero ter objetivos mais no papel, mas principalmente eu queria me dar uma chance nas simples porque eu acho que posso ir muito além e me desafiar com isso. E depois que a Gaby firmou outra parceria, eu me sinto livre de comprometimento por causa da minha lesão e por causa da parceria - eu não tenho nada confirmado para o ano que vem. Acho que vai ser um grande momento para eu encaixar as simples e variar com a dupla.

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