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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

4 coisas para observar com atenção no Masters 1000 de Madri

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Imagem: Getty Images

Colunista do UOL

03/05/2021 04h00

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O segundo Masters 1000 do saibro nunca foi o melhor indicador de sucesso em Roland Garros - tanto que Nadal "só" foi campeão ali quatro vezes (2010, 2013, 2014 e 2017), mas isso não faz de Madri um evento necessariamente menos interessante do que os outros. Sim, é verdade que a edição deste ano está bastante desfalcada, inclusive do número 1 do mundo, Novak Djokovic, mas ainda há um bom número de coisas a observar nesta semana e que podem ter influência nas semanas seguintes, inclusive em Paris.

1. A volta de Thiem

Nos últimos cinco anos, Dominic Thiem alcançou pelo menos as semifinais de Roland Garros em quatro oportunidades. O austríaco já derrotou Rafael Nadal em Roma, Madri, Barcelona e Buenos Aires - todos na terra batida. Logo, em condições normais, o atual campeão do US Open seria um nome forte em Paris novamente este ano. No entanto, Thiem deu sinais de esgotamento e se afastou do circuito após o ATP de Dubai, há mais de um mês. Não esteve em Monte Carlo nem competiu em Barcelona. Por isso, sua presença em Madri é intrigante. Em que forma estará o austríaco? Ele mostrará novamente potencial para postular o título em Roland Garros? O torneio da capital espanhola será seu primeiro evento no saibro este ano.

2. A forte chave de Rafa

Campeão em Barcelona, onde não jogou seu melhor, mas derrotou Stefanos Tsitsipas na final, Rafael Nadal tem um teste muito mais duro em Madri. Primeiro porque a capital espanhola tem alguma altitude e quadras provisórias, com condições de jogo bem distintas das de Roland Garros. Este ano, contudo, o desafio se mostra ainda maior porque o sorteio não foi lá muito amigável. O Rei do Saibro pode precisar passar por uma sequência incluindo Jannik Sinner nas oitavas, Alexander Zverev nas quartas e Dominic Thiem ou Andrey Rublev na semi. Não será fácil, e é de se imaginar que o nível de tênis mostrado em Barcelona não será suficiente nesta semana. Veremos o quanto Rafa evoluiu e o que ele consegue fazer no torneio "atípico" que é o Masters de Madri.

3. Tsitsipas: afirmação ou passo atrás?

Novak Djokovic sofreu derrotas em Monte Carlo (Evans) e Belgrado (Karatsev). Nadal perdeu nas quartas em Mônaco (Rublev). Thiem não competiu ainda no pó de tijolo. Stefanos Tsitsipas aproveitou a lacuna e começou a temporada europeia de saibro como uma espécie de "segunda força" no piso - apesar de ter somado mais pontos que Rafa. Madri oferece boas condições para seu tênis agressivo, o que ficou claro em 2019, quando o grego bateu Nadal e foi vice-campeão. Portanto, o evento desta semana se mostra mais uma chance para Tsitsipas se consolidar como "o" cara do piso em 2021 (à exceção de vocês-sabem-quem). Por outro lado, uma derrota inesperada pode "esfriar" as esperanças do grego de ir bem em Paris. Sua chave é favorável. Rafa e Thiem ficaram na metade de cima. Stefanos ficou embaixo, junto com Daniil Medvedev, o cabeça 2 que odeia o saibro. É uma boa chance para o grego.

4. Duelos quentes logo cedo

Não é sempre que acontece, mas à medida em que nos aproximamos de um slam, os Masters 1000 ficam mais fortes, e os confrontos de primeira rodada são mais e mais atraentes. Em Madri, minha lista de duelos para acompanhar na fase inicial incluem Khachanov x Nishikori; Auger-Aliassime x Ruud, Pella x Sinner e Garín x Verdasco. Mas não é só isso. A segunda rodada pode ter confrontos como Nadal x Alcaraz, Zverev x Khachanov/Nishikori, Isner x Bautista Agut, Schwartzman x Karatsev, Bublik x Shapovalov, Basilashvili x Tsitsipas e Medvedev x Fokina. É bastante coisa para conferir antes mesmo das oitavas.

Os direitos de transmissão pertencem à ESPN, que, além de exibir na TV, disponibiliza todas as quadras no ESPN App/Watch

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