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Linz e Sófia, os últimos torneios dos 'mortais'

Colunista do UOL

10/11/2020 04h00

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Faltam pouco menos de 15 dias de jogos na elite do tênis, e a semana que acaba de começar é também a última de eventos para os "mortais". Enquanto a ATP vem com o 250 de Sófia - restará apenas o ATP Finals, a WTA tem o International de Linz, o último torneio de 2020, já que o circuito feminino não terá o habitual Finals, que reúne as oito melhores atletas da temporada.

Como muita gente já empacotou suas coisas e saiu de férias, as chaves desta semana não são tão fortes assim. Isso deixa as coisas mais equilibradas e, consequentemente, mais difíceis de prever. Em Sofia, é sempre importante lembrar que a chave é de 28 tenistas, com quatro cabeças de chave adiantados (no caso, Denis Shapovalov, Félix Auger-Aliassime, Alex de Minaur e John Millman). Vale a lógica de sempre: a chance de zebra é maior porque eles enfrentam tenistas mais adaptados às condições de jogo e relativamente confiantes porque têm uma vitória nas costas.

Em condições normais, a dupla canadense, cada um em uma ponta da chave, seria favorita incontestável, mas Shapovalov perdeu seus últimos três jogos e Auger-Aliassime ainda tem que quebrar a barreira do primeiro título. Mesmo que tenha conquistado Paris nas duplas, Félix ainda não se mostrou em decisões o tenista sólido que mostra ser em outras ocasiões. Ele tem uma boa chance em Sofia, mas sua chave tem algumas cascas de banana. Uma delas vem logo na estreia: o ascendente italiano Salvatore Caruso (#82). Em Se avançar, Auger-Aliassime encara Gasquet (#49), Carballés Baena (#103) ou, quem sabe, o tcheco Jonas Forejtek (#399), de 19 anos, ex-número 1 do mundo juvenil. O garotão promissor deixou uma ótima primeira impressão em Sofia ao derrotar Marin Cilic na primeira rodada.

Em Linz, por outro lado, Aryna Sabalenka é favoritíssima, não só porque o nível da chave não é dos maiores, mas porque a bielorrussa foi campeã em Ostrava, o último torneio que disputou. O fato de ela estar inscrita em Linz quando não há mais muito a disputar no circuito deve significar a vontade de ir bem e ganhar. Aliás, do jeito que o circuito feminino ficou, é preciso crer que o torneio austríaco não será "protocolar" para ninguém.

Elise Mertens, a cabeça 2, nunca pode ser descartada, mas sua chave prevê um duelo com Zvonareva (sim, aquela!) ou Kostyuk nas oitavas, e ambas são perigosas o bastante para fazerem uma cabeça rolar. Por outro lado, as seções encabeçadas por Yastremska, na parte de cima, e Alexandrova, na metade inferior da chave, estão bastante abertas. Não há ninguém dominante o bastante para, em uma semana normal (ênfase, negrito e itálico em "semana normal", por favor!), sair atropelando o resto da chave.

Enquanto isso acontece, no circuito Challenger, divisão logo abaixo da elite, três brasileiros estão no torneio de Cary, nos Estados Unidos. Vale ficar de olho em Thomaz Bellucci, que furou o qualifying e vai estrear na chave principal contra o egípcio Mohamed Safwat, cabeça de chave 5, mas principalmente no duelo de primeira rodada entre o cearense Thiago Monteiro, número 1 do Brasil e cabeça 1 do torneio, e Guilherme Clezar. Os outros principais nomes em Cary são Denis Kudla (#122), Daniel Galán (#131) e Prajnesh Gunneswaran (#145). O imprevisível Jack Sock também está inscrito.