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Sufoco do Galo tem mais a ver com o jogo de ida do que com o do Mineirão
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Foi mais difícil do que parecia, e muito por responsabilidade do próprio Atlético. O Emelec fez bons jogos, se superou, tem méritos, mas se o Galo tivesse sido um time mais agressivo e menos imprudente, teria encaminhado o confronto ainda em Guayaquil. Atuou bem no Mineirão, produziu para vencer, mas foi se enervando a medida que a bola não entrava. E Hulk, sempre ele, salvou a pátria no fim ao marcar de pênalti.
Turco Mohamed teve muitos desfalques. A dupla de volantes titular, Jair e Alan, e os atacantes Keno e Ademir. Zaracho voltou a ser relacionado e ficou no banco. Calebe, Otávio, Rubens e Vargas ganharam oportunidade. Já Ismael Rescalvo fez só uma mexida no time equatoriano em relação ao primeiro jogo. O meia Cevallos ficou no banco e o lateral Romário Caicedo entrou. Carabalí foi adiantado e Zapata formou o meio-campo.
O Atlético foi superior no 1º tempo. Mesmo tendo uma queda de produção nos últimos 15 minutos, causada pela ansiedade de balançar as redes, controlou as ações e criou bons ataques. Quatro chances reais de gol, mas não concluídas com tanta eficiência. O goleiro Pedro Ortiz, que já havia se destacado no jogo de Guayaquil, fez duas ótimas defesas. Arana e Calebe também perderam boas oportunidades.
O Galo optou por não marcar a saída de bola rival. Talvez uma opção para evitar ''espaçar'' o time diante das ligações diretas que o Emelec costuma fazer para Cabeza. Isso fez com que os adversários tivessem algumas trocas de passe até a linha média, mas nada que incomodasse os mineiros de maneira contundente. Mais concentrados e intensos na abordagem de marcação em relação ao primeiro jogo, não sofreram.
O Emelec também marcava forte, mas teve dificuldades de neutralizar os passes em profundidade para Calebe, Vargas, Hulk e Rubens a partir dos lados do campo. O Galo fez bons movimentos neste sentido. Nacho circulava bastante. Muitas vezes voltava mais do que Calebe para construir e deixava o camisa 27 infiltrar. Era um time móvel, sem posições mais fixas, mas equilibrado na ocupação de espaços.
A maior dificuldade do alvinegro esteve em alguns bons movimentos de subida de marcação do ''Bombillo''. Alguns erros foram cometidos e isso acabou irritando a torcida, causando o cenário de afobação dos últimos minutos antes do intervalo. A bola parada ofensiva é um ponto positivo. Chamou a atenção a variedade de jogadas ensaiadas.
Rubens e Calebe chegaram muito perto de ampliar o placar antes dos 15' do 2º tempo. Eram dois dos jogadores mais agudos do time, mas acabaram substituídos por Turco Mohamed. Zaracho e Sasha entraram. O Atlético seguia com volume, mas o nervosismo que começou a aparecer na reta do 1º tempo só crescia, assim como a irritabilidade da torcida. Na defesa, porém, não sofria. O Emelec se desdobrava atrás.
Aos 34', Vargas escapou num contra-ataque pela esquerda e cruzou, a bola pegou no braço do zagueiro e o pênalti foi marcado. Hulk desta vez superou Pedro Ortiz e acabou com a agonia atleticana. Sem repertório ofensivo, o time de Guayaquil só levantou bolas na área sem sucesso no fim. Que uma das principais lições da Libertadores tenha sido aprendida. Não se deixa para amanhã o que pode ser resolvido hoje.
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