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Coutinho: Ceará cresce em momento crucial. Veja o Ranking de Desempenho
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Antes do Brasileirão começar o Ceará era apontado com um dos possíveis candidatos a vaga na Pré-Libertadores. 33 rodadas se passaram e enfim o Vozão parece se postular a esta condição. Não só pela pontuação, mas pelo rendimento. Tiago Nunes devolveu diversos padrões à equipe e o alvinegro só não pontuou mais que o Flamengo nas últimas cinco rodadas. Não é à toa que subiu bastante no Ranking de Desempenho e já aparece entre os seis primeiros.
O Ranking de Desempenho tem como finalidade avaliar o rendimento das equipes. Oferecer ao torcedor uma maneira mais fidedigna de entender se o seu time está evoluindo, estagnado ou regredindo. Independentemente do resultado —que pode ocorrer por muitas variantes no futebol— a proposta é dar de 0 a 5 estrelas de acordo com o que cada equipe fez em campo. As estrelas são somadas a cada rodada e formam o cenário acima.
O Galo fez um jogo seguro e controlado diante dos reservas do Athlético, na Arena da Baixada. Pôde manter a confortável vantagem para Flamengo e Palmeiras sem tomar grandes sustos. Esteve sóbrio defensivamente e, no ataque, fez o básico para vencer. Mesmo sem tanto volume, conseguiu produzir algumas boas trocas de passe no campo ofensivo, e em uma delas fez o gol da vitória com Zaracho. O Furacão foi um time corajoso e lutou, mas faltou qualidade e coletividade para confrontar os mineiros.
O Grêmio teve a sua melhor atuação no Brasileirão 2021 nos 3x0 aplicados em cima do time reserva do Red Bull Bragantino. Óbvio que a mobilização do adversário para o jogo era perto de zero. Totalmente envolvido com a final da Copa Sul-Americana, o Massa Bruta não conseguiu competir, mas a postura do Imortal foi muito positiva. Agressivo, criativo e leve. Não cessou o ímpeto e só não enfiou uma goleada histórica em virtude de boas defesas feitas pelo goleiro Júlio César. Ferreira e Campaz foram os destaques.
Segunda vitória do Santos nas últimas três rodadas e a distância para a zona de rebaixamento só vai aumentando. Desta vez o Peixe nem precisou ir tão bem. Fez um jogo equilibrado diante da lanterna Chapecoense. Teve dificuldades para criar antes de abrir o placar e depois sofreu alguns sustos, tanto que o goleiro João Paulo saiu como um dos melhores em campo. O time de Fabio Carille não se expôs tanto com a vantagem e só ganhou mais agressividade com a entrada de Gabriel Pirani no 2º tempo.
Vitória justíssima do Cuiabá, que foi mais agressivo e organizado com a bola até abrir o placar na metade do 2º tempo. Depois recuou e contou com a inoperância ofensiva do Inter. O Colorado teve uma apresentação extremamente pobre com a bola. Sem ímpeto na tentativa de contra-atacar no 1º tempo, e sem capacidade de iludir a defesa rival quando foi necessário criar espaços. Mesmo oscilando na parte física, a equipe da casa mostrou saber exatamente o que fazer com a bola. Só faltou finalizar melhor.
O empate sem gols serve perfeitamente para explicar o que foi o duelo entre América e Atlético Goianiense, em Belo Horizonte. Por mais que tenha ficado mais tempo com a bola, instalado no campo de ataque e circulando de forma eficaz, faltou mais contundência ao Coelho. Méritos também para o Dragão, que esteve organizado defensivamente, mas por sua vez ofereceu pouco no ataque. Até conseguiu chegar na etapa final em contra-ataques ou bolas paradas, mas foi pouco para quem luta para não cair.
Imagine Fortaleza e Ceará colocando em prática o tipo de jogo que mais caracterizou as duas equipes nas últimas temporadas. O Leão buscando a posse de bola, tentando se fixar no campo de ataque e dominar as ações. Do outro lado o Vozão bem postado na defesa, apresentando intensidade na abordagem de marcação e muita agressividade ao retomar a bola. A questão é que o Ceará fez bem a sua parte, e por isso enfiou um 4x0 em cima do arquirrival. O jogo evidenciou o viés de crescimento dos alvinegros e o de queda dos tricolores.
O São Paulo superou o vexame protagonizado diante do Flamengo de forma categórica. Bateu o Palmeiras com autoridade em pleno Allianz Parque, e respira um pouco mais aliviado na luta contra o rebaixamento. Tudo bem que o Verdão entrou em campo com apenas Weverton de titular. Já focado na final da Libertadores daqui a oito dias, se comportou de forma apática e teve vários de seus reservas jogando muito mal. O Tricolor fez a sua parte. Mais organizado ofensivamente e criativo de maneiras diferentes, fez também um jogo seguro atrás.
O Juventude completou o quinto jogo de invencibilidade no Brasileirão, e com direito a três vitórias seguidas. A vítima da vez foi o Fluminense, que esteve bem abaixo da equipe da casa e saiu no lucro com apenas um gol de desvantagem no placar final. Os anfitriões controlaram as ações desde os primeiros minutos. Agressivos e organizados com a bola, se instalaram no campo de ataque e não deram chance ao Tricolor. Com a vantagem, reduziram o ritmo, mas não perderam o controle da partida.
Mesmo com dez reservas em sua escalação inicial, o Flamengo atropelou o Corinthians no Maracanã. O resultado magro se explica pela excelente atuação de Cássio e da última linha defensiva do Timão, além de precipitações dos atacantes rubro-negros no momento da finalização. Os anfitriões produziram diante de um estádio lotado. Na base do ímpeto e da imposição. Sem tanto repertório de jogadas novamente, mas não permitindo que os visitantes encaixassem contra-ataques. Pressões pós-perda bem ajustadas. Bruno Henrique decisivo!
A necessidade de vitórias para as duas equipes na luta para fugir do rebaixamento deixou o clássico entre Sport e Bahia bem aberto. Melhor para o Leão, que conseguiu aproveitar os espaços deixados pela recomposição lenta dos baianos e venceu o segundo de seus últimos três jogos. O Esquadrão teve momentos bons nas duas etapas, mas faltou regularidade para dominar as ações. Oscilou bastante, principalmente na parte defensiva, algo que não vinha acontecendo. Paulinho Moccelin foi o herói da vitória pernambucana.
Seleção do Campeonato
Cada jogador que entra em campo recebe uma nota de 0 a 10 por sua atuação. A nota de partida é sempre 5 e ele vai ganhando ou perdendo pontos de acordo com o que faz em campo. A média das notas define o melhor de cada posição/função. Para fazer parte do time ao final do Brasileirão, é necessário ter participado de ao menos 40% dos jogos.
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