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Coutinho: Cautela excessiva empobrece Palmeiras e Galo
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Palmeiras e Atlético Mineiro ficaram devendo no primeiro jogo da semifinal da Libertadores. Até a intensidade nas ações, ponto alto das equipes em diversos jogos da temporada, esteve mais baixa que normal. O mesmo pode se dizer da produção ofensiva, principalmente do time da casa, que passou o segundo tempo inteiro somente se protegendo. O Galo foi mais agressivo e buscou o ataque com frequência, mas esteve nitidamente mais burocrático que o natural nos movimentos com a bola.
Abel Ferreira optou por Felipe Melo e Rony desde o início. Danilo e Wesley começaram no banco. Em tese um 4-2-3-1, mas só na teoria. Luiz Adriano jogou na referência e Dudu partiu da esquerda pra dentro. Piquerez, como vem acontecendo, teve mais liberdade que Marcos Rocha e se lançou para ocupar o flanco esquerdo. Já o lateral-direito, fez a ''saída de três'' alinhado aos zagueiros e atacou pouco. No momento defensivo, Rony retornava marcando Arana até a última linha de defesa. No Galo, Cuca repetiu a dupla de ataque com Hulk e Diego Costa. Nacho e Zaracho foram os meias do 4-4-2 mineiro.
Travado! Assim foi o 1º tempo entre as equipes no Allianz Parque. A preocupação principal foi nitidamente não se expor excessivamente e dar espaços aos contra-ataques rivais. A estrutura tática de ambos para atacar foi a mesma vista nas partidas recentes. O Verdão circulava a bola de um lado a outro do campo, teve aproximação para trocar passes curtos, mas não verticalizou as jogadas. Seja pela ausência de movimentos de ataque à profundidade ou pelo bom posicionamento e a abordagem agressiva da defesa alvinegra.
O Galo também esteve abaixo do costume. Repetiu o acúmulo de jogadores pela faixa central e teve os laterais sempre espetados pelos flancos. Faltou mais agressividade, como no lance em que Jair atacou a profundidade no setor de Piquerez, recebeu um bom passe por elevação, e cruzou para Diego Costa sofrer pênalti de Gustavo Gómez. Hulk desperdiçou a cobrança, bateu na trave, mas este lance, somado a um chute perigoso de Arana aos 13 minutos, foram determinantes para decretar o predomínio do Atlético na etapa inicial. Foi mais contundente.
Dudu e Rony pelo Palmeiras; Hulk, Zaracho e Nacho pelo Galo; imprimiram boa movimentação na puxada de alguns contra-ataques, mas o adversário reagia bem em transições defensivas fortes. Inibindo as jogadas na origem ou realizando bons cortes dentro da área. Novamente o Atlético foi um pouco mais incisivo que os paulistas. Jair também se destacou ganhando muitos duelos no setor de meio-campo e Luiz Adriano foi totalmente controlado por Nathan Silva e Junior Alonso.
Logo no início do 2º tempo o Galo perdeu Diego Costa com lesão muscular. Keno entrou e o time retomou o 4-2-3-1 que utilizava antes da estreia do centroavante. Hulk passou a ser o jogador mis avançado, com liberdade de movimentação para sair da referência ofensiva e ''arrastar'' um defensor. Keno foi colocado pela esquerda e Nacho Fernandez se tornou o meia-central.
Abel Ferreira respondeu de forma muito questionável. Pôs Deyverson em campo, no lugar de Luiz Adriano, e sacou Dudu. Wesley entrou. Tirar Dudu em uma partida com essa importância, e diante da dificuldade do Palmeiras em produzir ofensivamente, não foi certo. É o jogador com maior potencial de desequilíbrio do elenco. Felipe Melo, que fez um bom jogo, também saiu para a entrada de Danilo.
Vargas ainda foi a campo no lugar de Zaracho, mas se o 1º tempo foi desinteressante, a etapa final conseguiu superar. O Verdão basicamente não atacou, e Hulk, em dois chutes de fora da área, foi quem chegou perto de causar emoção na partida. Mais 90 minutos na próxima terça-feira ajudam a explicar a irritante prudência dos times, mas não justificam por inteiro o péssimo espetáculo que protagonizaram.
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