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Rodrigo Coutinho

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Guia da Série B 2021 - Operário

Colunista do UOL

27/05/2021 04h00

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O Operário Ferroviário é mais uma das equipes que chamam pouco a atenção num olhar menos cuidadoso antes da Série B, mas pode surpreender e até beliscar uma vaga no G-4. A começar pelo planejamento bem executado, que engloba um trabalho de quase um ano do técnico Matheus Costa, elenco equilibrado, e pés no chão para administrar o clube. O 8º lugar de 2020 já é um recado. Este ano, foi líder da fase de classificação do Estadual.

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O Operário do meia Tomás Bastos
Imagem: Rodrigo Coutinho

O Fantasma é muito forte jogando no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, centro-leste paranaense. Na Série B do ano passado, perdeu apenas uma vez lá desde que Matheus Costa assumiu o comando. Ele é o técnico mais jovem das duas principais divisões do país. Tem 34 anos, mas já possui um acesso para a Série A com o Paraná Clube. Se sua equipe conseguir um desempenho melhor fora de casa, é possível sonhar, mesmo sem tanta qualidade técnica.

O time consegue se adaptar ao estilo de jogo do adversário com certa facilidade. Dentro de casa, costuma buscar mais a posse de bola ou uma marcação adiantada, tentando se impor e ter a rédeas do jogo. Fora de casa, ou contra equipes mais poderosas tecnicamente, adota um estilo reativo, que aliás pode trazer muitos pontos nesta competição. O sistema defensivo é sólido e melhorou bastante com a formação da dupla de zaga Fabio Alemão e Rodolfo Filemon.

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O provável time-base do Operário para começar o Brasileirão
Imagem: Rodrigo Coutinho

O bloco de marcação varia de acordo com o momento do jogo. Quando sobe as linhas, o time mostra compactação entre os setores e agressividade para pressionar o adversário com a bola. É um grupo batalhador e recebeu bons reforços nas últimas semanas! Com a bola, opta quase sempre por uma saída baseada em passes curtos. Se tiver que usar as ligações diretas, o experiente Ricardo Bueno é o alvo para ganhar os passes longos pelo alto e colocar o time no ataque.

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Aqui, destacado em amarelo, temos Tomás bastos flutuando pela intermediária e, grifado em vermelho, Ricardo Bueno mais fixo na referência. Pontas bem abertos num primeiro momento e ganhando liberdade a medida que os laterais apoiam
Imagem: Rodrigo Coutinho

O camisa 9 também é alvo de passes por baixo, no pivô, uma das formas da equipe se aproximar da área. O meia Tomás Bastos parte do ataque, mas circula nas costas dos volantes rivais. Felipe Garcia e Jean Carlo se mexem bastante à medida que os laterais chegam ao campo ofensivo. Antes disso, mantêm a amplitude do time. Rafael Chorão é o volante com mais liberdade e Marcelo Santos, ou Vilela, que retorna de lesão, ficam mais fixos.

Como faz os gols

Fase ofensiva/ataque apoiado - 49%

Contra-ataque - 26%

Bola parada aérea - 9%

Falta direta - 8%

Bola roubada ou recuperada no ataque - 4%

Fase ofensiva/ataque direto - 4%

Como leva os gols

Fase defensiva - 57%

Bola parada aérea - 28%

Falta direta - 15%