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Rodrigo Coutinho

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Guia da Série B 2021 - Coritiba

Colunista do UOL

27/05/2021 04h00

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Após nova queda para a Série B na última temporada, a sexta de sua história, o Coritiba decidiu pela permanência do técnico paraguaio Gustavo Morinigo. O time chegou a reagir na reta final do Brasileirão e o início de 2021 parecia promissor. Boas atuações e seis vitórias nos primeiros oito jogos. A queda vertiginosa veio na sequência. A equipe ganhou apenas um dos últimos 15 pontos disputados e ficou de fora da fase final do Campeonato Estadual.

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Léo Gamalho é a grande esperança de gols de um Coxa muito irregular
Imagem: Rodrigo Coutinho

A sequência culminou na demissão de José Carlos Brunoro, executivo de futebol, mas Morinigo seguiu no comando. O clube vai buscando reforços para o seu elenco e o mais significante deles é o zagueiro Henrique, revelado pelo Coxa. Depois que se recuperar da Covid-19, ele deve formar dupla com Luciano Castán para tentar resolver um dos problemas crônicos do alviverde até aqui em 2021: proteger a área com eficiência.

Se conseguir retomar o desempenho dos primeiros jogos do ano, o Coritiba pode sonhar com uma vaga na Série A de 2022. Mas se seguir com as falhas e a apatia das últimas partidas, pode correr até riscos na parte de baixo da tabela. É uma grande incógnita o papel que o Coxa fará na competição até este momento. A proposta de Morinigo é que seu time tenha a bola na maior parte do tempo. Faz uma saída com o quarteto defensivo e aproxima a dupla de volantes para estabelecer as linhas de passe. Destaque para Val na iniciação dos ataques.

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Provável time-base do Coritiba para o início do Brasileirão
Imagem: Rodrigo Coutinho

O time trabalha bastante pelos lados. Promovendo dobradinhas entre ponta e lateral. O experiente Rafinha é o meia-central e, se não sofrer com o desgaste físico, pode ser fundamental na campanha. Tem dado muitas assistências, e possui um camisa 9 típico para servir logo a frente. Léo Gamalho é outra boa notícia do clube. Segue com seu faro de goleador, mas precisa receber mais bolas.

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Estrutura de saída de bola do Coritiba. 4+2 para estabelecer as linhas de passe iniciais
Imagem: Rodrigo Coutinho

Mesmo nas melhores atuações, faltou ao Coritiba mecanismos de movimentação mais automáticos nas proximidades da área. Diante de defesas fechadas a situação pode se complicar e o time ficar exposto aos contra-ataques. No momento defensivo, falta mais pressão na bola. Costuma dar espaços aos adversários e a última linha tem muitos problemas de cobertura e posicionamento.

Como faz os gols

Fase ofensiva/ataque apoiado - 36%

Bola parada aérea - 28%

Contra-ataque - 22%

Bola roubada ou recuperada no ataque - 14%

Como sofre os gols

Fase defensiva - 66%

Bola parada aérea - 20%

Transição defensiva - 7%

Falta direta - 7%

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL