Luan é peça primordial para um São Paulo mais competitivo
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Encontrar o equilíbrio entre ataque e defesa é uma das principais questões que envolvem os trabalhos de Fernando Diniz como treinador. Em jogo coletivo como o futebol, isso jamais passa somente por um jogador, mas no caso do São Paulo, a presença de Luan, acrescentando características importantes quando o Tricolor não tem a bola, vem fazendo a diferença para a subida de desempenho da equipe
Desde que Luan tornou-se titular do São Paulo, a partir do jogo contra o Atlético Goianiense pela 14ª rodada, a média de gols tem diminuído. Outro ponto importante é analisar o número de desarmes e interceptações do time a cada jogo, e eles têm subido. Ou seja, além de ver a bola entrar menos em sua meta, o time de Diniz começou a ser mais competitivo no momento defensivo.
Obviamente a avaliação desses dados contempla também uma alteração geral de comportamento. Nos jogos contra o Flamengo pela Copa do Brasil, e em outras partidas recentes, foi bem nítida a mudança de atitude para reagir mais rápido ao perder a bola, compondo transições defensivas mais competitivas e intensidade para pressionar. Encurtar o raio de ação do adversário com a bola e fechar a linha de passe mais próxima tornaram-se fatores mais frequentes
O período compreende também o retorno à melhor forma de Daniel Alves. O camisa 10 não é um exímio marcador, mas compôs o setor de meio-campo com Luan na maioria dos jogos e evoluiu bastante fisicamente. Não é raro vê-lo envolvido de forma enérgica em disputas de bola e cobrando o mesmo comportamento dos companheiros. Por sua liderança natural acaba ajudando neste processo.
Luan passa bem longe de ser o típico volante ''cão de guarda'' dos anos 90. Não é sua principal característica, mas tem potencial para uma boa saída de bola também. Chegou a jogar até um pouco mais adiantado na base, mas em comparação a outros nomes do elenco tricolor, oferece intensidade na abordagem de marcação, força e velocidade nas coberturas e transições defensivas. Num time que envolve tantos jogadores em fase ofensiva como o São Paulo, é determinante alguém com essas valências.
12 atletas para 11 vagas
O cenário criou uma indefinição na formação do São Paulo. Tchê Tchê e Juanfran, titulares anteriormente, voltaram a ficar à disposição de Diniz. O treinador tem optado pelo espanhol, nome natural para a lateral-direita, mas Tchê Tchê conta com a admiração do comandante há alguns anos, e mostrou que também pode atuar no setor. Há, inclusive, uma boa parcela da torcida tricolor que prefere o camisa 8 na função.
Seja qual for a decisão de Diniz para a sequência da temporada, é interessante observar, assim como no caso de Brenner no ataque, um jogador revelado na base do clube, e que estava sem espaço até pouco tempo, oferece alternativas que podem fazer o trabalho do treinador mudar de patamar com uma conquista relevante. Sair da promessa e virar realidade!
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