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Rafael Oliveira

Chiesa e Morata resolveram na difícil estreia da Juventus de Pirlo em Kiev

Colunista do Uol

20/10/2020 15h55

A Juventus venceu fora de casa na estreia de Pirlo como treinador na Liga dos Campeões. O duelo contra o Dynamo não era simples, especialmente com a experiência de Mircea Lucescu do outro lado.

A Juve ainda não é um time pronto. Claramente trabalha os mecanismos desejados pelo novo treinador, mas ainda não funciona com a naturalidade que o tempo deve dar. Para completar, ainda não tem Dybala 100% e também não contou com Cristiano Ronaldo.

Na Ucrânia, voltou a apresentar sua variação entre o 4-4-2 sem bola e o sistema com três zagueiros com bola. A novidade foi a inversão do eixo. Danilo, o lateral que trabalha como zagueiro, foi da direita para a esquerda.

Com isso, Cuadrado foi para a direita, com o papel do lateral que ataca como ala ou até ponta. Chiesa também inverteu, passando a ocupar a ponta esquerda.

Não é tão complexo quanto parece. Na prática, o campo tem um jogador aberto em cada ponta no momento com bola. Só que em um lado quem faz a função é um lateral, e no outro é um ponta.

Kulusevski, o meia pela direita, flutua por dentro e se aproxima de Ramsey, enquanto Morata é a referência. Bentancur e Rabiot são os volantes responsáveis pela distribuição.

Só que o jogo não fluiu tanto e a principal alternativa era encontrar Chiesa para acelerar. Foi com ele que surgiu o lance do primeiro gol. E importante a participação de Morata, autor dos dois gols, ainda mais com a responsabilidade de substituir Cristiano Ronaldo.

Não foi uma atuação das mais convincentes, mas a Juve larga com três pontos fora de casa. O Dynamo de Kiev teve bons momentos na partida, com uma estrutura bastante específica de marcação. Com a bola, quem chamou atenção foi o jovem Mykola Shaparenko, como armador de qualidade pelo lado esquerdo. É um dos muitos garotos do time de Lucescu, que dificilmente se classificará, mas poderá dar algum trabalho para os favoritos nos confrontos dentro do grupo.