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Rafael Oliveira

Eliminação precoce da Champions é duro golpe no Benfica de Jesus

Jorge Jesus, durante jogo do Benfica - Gualter Fatia/Getty Images
Jorge Jesus, durante jogo do Benfica Imagem: Gualter Fatia/Getty Images

Colunista do Uol

15/09/2020 17h09

O Benfica está fora da Liga dos Campeões 2020/21. Foi eliminado antes mesmo de chegar lá. Caiu para o PAOK na fase preliminar da competição, que teve a novidade da disputa em jogo único.

O confronto com o atual vice-campeão grego representava risco, mas o alto investimento do Benfica cobrava uma campanha muito superior. Não apenas tecnicamente, até porque seria impossível avaliar desempenho por apenas um jogo de abertura da temporada. Mas principalmente pelas consequências financeiras.

O clube português atuou forte no mercado, como tentativa de resposta ao ano anterior. Contratou Jorge Jesus para liderar um elenco agora reforçado por nomes como Everton Cebolinha, Vertonghen, entre outros (total de 80 milhões de euros, segundo o Transfermarkt).

Diante do PAOK, a curiosidade era ver como se daria o encaixe de algumas das peças. Everton atuou como o meia mais avançado pela esquerda, quase como um atacante, com liberdade pelo setor. Ainda assim, no momento sem bola, era quem retornava, enquanto Pedrinho se aproximava mais do papel de segundo atacante, embora tenha iniciado como o meia pela direita.

Com Pedrinho mais próximo de Seferovic por dentro, era Pizzi quem buscava armar pela direita, enquanto Everton gerou perigo pelo outro lado. Aliás, a parceria entre Everton e Grimaldo promete ser positiva pela esquerda.

A grande questão é que o Benfica fez um investimento acima dos padrões da liga portuguesa. Até por isso, além da expectativa, havia uma natural cobrança por uma campanha minimamente razoável na Champions. Ao cair de forma tão precoce, o clube deixa de faturar necessários milhões de euros.

Mais do que isso: fica com um elenco caro para "apenas" o campeonato nacional. É verdade que também terá a Europa League pela frente e que, se levar a sério, poderá ser um candidato. Afinal, é início de trabalho e há potencial para alcançar bom nível coletivo com Jorge Jesus.

O problema foi iniciar com uma derrota que já compromete parte considerável dos planos e finanças de toda a temporada, por mais cruel que seja a definição em apenas 90 minutos.