Henderson não foi o melhor, mas simboliza título do Liverpool

Qualquer premiação individual sempre gera debate. A associação dos jornalistas na Inglaterra elegeu Jordan Henderson como o jogador do ano no país.
É possível questionar a escolha, mas também é fácil compreendê-la. O meio-campista personifica a volta por cima de um clube que encerrou o longo jejum de 30 anos.
Henderson chegou como aposta, não rendeu o esperado, era tido como aquém do nível necessário para jogar no Liverpool e era mais um dos tantos nomes que passavam pelo clube em uma conturbada década.
Só que a história mudou completamente. Ele não só deu a volta por cima, mas assumiu o papel de líder do elenco e virou uma das referências em regularidade em bom nível.
Com Klopp, executa bem duas funções diferentes. Pode ser o volante mais recuado (posição de Fabinho), com qualidade para lançar os ataques a partir de passes longos. Pode ser o meio-campista pela direita, se projetando para formar um forte lado com Alexander-Arnold e Salah.
Não havia roteiro melhor. E as premiações individuais tendem a buscar destaques no time campeão. Em uma campanha tão boa, o Liverpool teve vários. Van Dijk, Mané, Alexander-Arnold, entre outros.
O que pesou para Henderson foi o belo combo de desempenho, liderança e simbologia. Do elenco campeão, era realmente a melhor escolha. Se o olhar fosse apenas para o nível técnico, ninguém jogou mais bola que Kevin De Bruyne na temporada 2019/20 da Premier League.