Rever o 7x1 permite olhar mais para o jogo
Muito se debateu nas últimas semanas sobre reprisar ou não o pior resultado da história do Brasil nas Copas do Mundo. Mais que um jogo, o 7 a 1 é um sentimento único para quem viveu aquele dia, seja torcendo a favor, contra ou indiferente.
E é exatamente por isso que rever a partida se torna válido e relevante. Até por notar um outro fenômeno: a goleada da Alemanha foi tão impactante que quase não se falou do que aconteceu em campo naquele dia.
A euforia, o vexame, a eliminação traumática dentro de casa, a escalação escolhida, as mazelas na estrutura do futebol brasileiro, as lições que poderiam ser tiradas, os exemplos que a formação alemã poderia ensinar... Tudo isso foi abordado, vários saíram taxados como culpados (direta ou indiretamente), e a análise do jogo quase nunca foi feita.
O distanciamento histórico, embora o episódio ainda seja recente, ajuda a esfriar as emoções e a permitir um olhar mais específico sobre o que poderia explicar algo tão atípico.
Entender, por exemplo, que a Alemanha nem fez seu melhor jogo no sentido de controle da posse de bola ou de construção de jogadas com paciência. Não precisou. Apenas transformou o ímpeto inicial do Brasil em chances a cada retomada de bola, explorando os muitos espaços.
Foi um placar explicado muito mais pelas virtudes de um time preciso e implacável ao acelerar os contra-ataques diante de uma seleção constantemente vulnerável e, mais tarde, já entregue psicologicamente.
Nada ali foi normal. Mesmo os cenários semelhantes dificilmente terminam com um resultado tão expressivo. Ainda mais em um clássico entre campeões mundiais em uma semifinal de Copa e na casa do derrotado.
É compreensível que, para alguns, rever o jogo signifique reabrir certas feridas. Mas a análise do 7x1 é necessária e importante. Até para não ser eternamente alimentada e contada apenas pelas sensações que ficaram daquele dia.
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