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Brasil perde primeiro jogo para o Japão, e seleção mede em que lugar está

Dos onze titulares da seleção japonesa, todos jogam no futebol europeu. Minamino foi do Salzburg e do Liverpool, hoje está no Monaco. Doan, do Eintracht Frankfurt, fez gols na Alemanha e na Espanha, as duas vitórias japonesas na Copa do Mundo de 2022. O Japão merece respeito. Quase eliminou a Bélgica, nas oitavas de final de 2018. Foi eliminado pela Croácia, nos pênaltis, nas oitavas, no Qatar.

Ingenuidade é seguir usando o adjetivo "ingênuo" quando se trata de seleções asiáticas.

E também achar que o Brasil está pronto para jogar uma grande Copa do Mundo daqui a oito meses. Ainda que a primeira derrota em 14 confrontos da seleção contra os japoneses tenha acontecido com a repetição de apenas três titulares escalados contra a Coreia do Sul, na sexta-feira.

As duas derrotas do início de trabalho de Carlo Ancelotti indicam o rescaldo de um trabalho muito mal feito entre o final do período de Tite e a chegada do treinador italiano.

Há boas notícias, como a noção de que Bruno Guimarães é um talento e que pode, sim, ser titular de uma boa seleção brasileira. Que Casemiro segue importante por sua liderança e posicionamento.

Há também dúvidas, se não ter centroavante e usar Vinicius Júnior solto será sempre a melhor solução. É certo de que pode ser uma saída muitas vezes, talvez não em todas.

O Brasil repetiu a formação apelidada de 4-2-4 e que parece mais um 4-2-3-1, que defende com duas linhas de quatro e ataca no 3-2-5.

Paulo Henrique fez gol e teve boa atuação. Fabrício Bruno, não. Falhou no primeiro gol, entregue a Minamino, tocou para dentro, contra, o chute de Nakamura, no segundo. Beraldo falhou pelo alto no terceiro, marcado por Ueda, artilheiro do Campeonato Holandês.

A noção é de que o trabalho tem de continuar, com ajustes para os amistosos de novembro, com a certeza de que vai dar trabalho para chegar à Copa do Mundo em condição de sonhar. Não significa que se deva abandonar a palavra-chave: esperança.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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