La Liga quer fim do Mundial por guerra com Fifa. Real Madrid nem se importa
Você há de se lembrar de quando Carlo Ancelotti afirmou que o Real Madrid não queria disputar a Copa do Mundo de Clubes e o presidente Florentino Pérez desmentiu-o imediatamente.
O Real Madrid gosta da ideia de expandir seu domínio a outros territórios.
O presidente de La Liga, Javier Tebas, afirmou ontem, terça-feira, que a Copa do Mundo de Clubes deve acabar.
Está clara sua razão. Os clubes espanhóis são filiados a La Liga e passam a se oferecer a outras entidades com o parte de um novo projeto, que pode tirar protagonismo dos campeonatos nacionais.
Eis o ponto da guerra comercial e territorial entre Fifa e as ligas nacionais. Os clubes não se importam tanto com a entrada da Fifa neste modelo, quando as ligas inglesa, alemã, italiana e, declaradamente, espanhola.
A Fifa investe no Mundial de Clubes não olhando para o dinheiro que arrecadará agora, mas no território que não pode perder. Especialmente depois da ameaça da criação da SuperLiga, ou a Fifa entrava em campo com seu poderio ou correria o risco de alguém se colocar como dono da marca dos eventos por grandes clubes do planeta.
A guerra é política e territorial.
Javier Tebas, presidente da Liga Espanhola, vai gritar contra a Copa do Mundo de Clubes. Apontar os defeitos, que existem, falar sobre os jogos com pouco público, como os 3.142 presentes a Ulsan 0 x 1 Mamelodi.
A cereja deste bolo é que a próxima Copa do Mundo de Clubes já está agendada para 2029. Na Espanha.
Opinião
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