Fifa se incomoda com catimba do Boca e quer acabar com cera no Mundial
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O empate Boca Juniors 2 x 2 Benfica é exemplo do que a Fifa não quer no Mundial de Clubes: cera e catimba. O grupo de estudos comandado pelo francês Arsène Wenger e do qual faz parte o brasileiro Gilberto Silva se incomodou profundamente com o tempo de jogo parado, cera dos goleiros, catimba dos jogadores de linha.
"O que se pretende é entregar em campo o que o torcedor adquiriu na compra de seu ingresso. E comprou para ver noventa minutos", contou Gilberto Silva.
Os estudos indicam que o tempo de bola rolando ficou em torno de 48 minutos, ou seja, quase um tempo completo de partida interrompida, por faltas, cuidados com lesões, cera dos goleiros.
O grupo de estudos é liderado por Arsène Wenger e tem sete ex-jogadores acima de um núcleo de analistas de desempenho e táticos. Os relatórios são extremamente detalhados.
Classificação e jogos
A ideia é usar tudo o que for analisado para o desenvolvimento do futebol no futuro. Isto não exclui que a Fifa faça algumas intervenções no decorrer do torneio, se perceber que os jogos roubam tempo demais de bola rolando.
O entendimento da Fifa é de que o futebol tem concorrência de outras atividades de gerações mais jovens e precisa sempre estar atualizado, para se manter como o esporte mais popular do planeta.
No início dos anos 1970, seis campeões da Europa recusaram-se a enfrentar campeões da Libertadores em Copas Intercontinentais, em ida e volta, por causa da violência de torcidas e também de pontapés e catimba dentro de campo. A final Racing x Celtic, em 1967, ficou conhecida como "Batalha de Montevidéu", pelo desempate realizado no Uruguai.
A Fifa quer acabar com catimba e com cera.
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