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OpiniãoEsporte

Torcida do Boca Juniors faz diferença, mas time não é melhor do que Benfica

A definição do técnico Miguel Angel Russo de que a torcida do Boca Juniors seria um diferencial e que poderia empurrar tanto quanto as arquibancadas ajudaram a Argentina na Copa do Mundo do Qatar foi confirmada exatamente como disse nos primeiros trinta minutos de Boca Juniros 2 x 2 Benfica.

No primeiro tempo. Apesar dos cantos superiores, o Benfica alcançou o empate com gols de Di Maria, de pênalti, e Otamendi, de cabeça. Dois campeões mundiais pela Argentina, que se beneficiaram dos cantos incansáveis de sua hinchada no Qatar, desta vez castigaram os torcedores que mais incendiaram o estádio.

Os portugueses tinham o controle da posse de bola e um chute ameaçador de Renato Sanches. Nas saídas precisas e não velozes, o Boca chegou ao primeiro gol aos 21 minutos, passe do lateral Blanco, finalização de Merentiel. Até este momento, mesmo com domínio territorial do Benfica, a torcida boquense não parava de cantar e estremecia até a tribuna de imprensa ao seu lado.

Seis minutos depois, Zenon cobrou escanteio, Ayrton Costa desviou e Battaglia completou para o 2 x 0. O espetáculo xeneize não parou. O estádio de Miami não estava repleto como na abertura entre Al Ahly e Inter Miami. Eram 60.907 no primeiro jogo, 55.574 em Boca x Benfica. Mas a chegada ao estádio já mostrava o massacre. Para cada nove camisetas do Boca Juniors, uma do Benfica.

É meio consensual que a diferença foi 85% x 25%, mas em uniformes oficiais, massacre argentino.

E, mesmo assim, com um homem a menos depois da expulsão de Belotti, com os argentinos cantando muito mais, o Benfica conseguiu o empate com cabeceio de Otamendi, depois de cruzamento do hturco-olandês Kokçu. Melhorou muito depois das alterações do treinador Bruno Lage, especialmente a entrada de Kokçu na vaga de Renato Sanches. O Boca caiu de produção depois de perder Battaglia, um de seus líderes.

Parte da torcida do Benfica tinha muita preocupação também com o nível de interesse de sua equipe. Di Maria já assinou contrato e retornará ao Rosario Central depois da Copa do Mundo de Clubes. Otamendi deve ir embora. Carreras está sendo negociado com o Real Madrid. O desinteresse não fez parte do cardápio. Ou os benfiquistas não lutariam tanto até conseguir o empate.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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