Brasil está na Copa do Mundo e esboça um time depois de três anos
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Não houve vaia em nenhum momento da vitória brasileira sobre o Paraguai por 1 a 0. Ao contrário, o ambiente caloroso foi parte do repertório de um time distante de ser brilhante, mas com rosto claro e definido. Carlo Ancelotti montou sua equipe num 4-4-2, com Vinicius Júnior e Matheus Cunha como dupla de ataque. Era assim quando não tinha a bola.
Com a bola, saída de jogo com três homens, Marquinhos, Alexsandro Ribeiro e Alex Sandro. Por vezes, Bruno Guimarães liberava o lateral. A movimentação em 3-2-5 fazia chegarem à frente Vanderson alargando o campo pela direita, Martinelli à esquerda, Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Júnior.
Atenção, apesar de Matheus Cunha ser supostamente o centroavante, Vinicius Júnior é o jogador mais livre do sistema. Não por outro motivo, Matheus ofereceu dois passes para finalizações de Vini, a segunda delas no lance do gol, aos 44 da primeira etapa.
O gol foi desenhado, saindo dos pés dos zagueiros, retornando a Alisson e dele passando por oito jogadores. Do goleiro a Marquinhos e Alexsandro Ribeiro, daí a Bruno Guimarães, passe longo para Raphinha. Cercado por três defensores, o atacante do Barcelona dividiu e a bola sobrou para Matheus Cunha cruzar. Vinicius Júnior fez o primeiro gol da era Ancelotti.
Falta muita coisa, é evidente. Falta não errar saídas de jogo, como Alex Sandro cometeu aos 14 minutos do segundo tempo, ao oferecer a bola a Diego Gómez e permitir finalização certeira de Sanabria. A carta de intenções foi escrita. Marcação pressão pelo máximo de tempo possível, largura do campo com o lateral-direito, Vanderson, e o ponta esquerda, Martinelli, Vinicius e Raphinha como referências criativas.
Não, o time não tem e provavelmente não terá um camisa 10 na função de meia armador. A organização passa pelos meio-campistas, Casemiro e Bruno Guimarães, que jogou bem.
Não dá para esperar brilho no segundo jogo do novo técnico, especialmente sendo o quinto trabalho se iniciando em dois anos e meio.
Tem uma nova química, com a devida referência ao estádio do Corinthians. Itaquera pode ter sido testemunha do nascimento de um time.
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