CBF chegará a 40 anos e dez eleições com candidato único à sua presidência
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A escolha de Samir Xaud à presidência da CBF, como candidato único, fará a instituição que cuida do futebol no Brasil alcançar 40 anos e dez eleições consecutivas com apenas um home concorrendo ao posto máximo.
A última eleição com dois candidatos aconteceu em janeiro de 1986, elegeu Octávio Pinto Guimarães contra o então diretor de futebol da CBF, Medrado Dias.
Em 1989, as eleições seriam disputadas por Ricardo Teixeira contra Octávio Pinto Guimarães, mas o mandatário da época, Octávio, retirou a candidatura na véspera do pleito. Desde então, Ricardo Teixeira foi eleito consecutivamente cinco vezes (1989, 1997, 1999, 2004 e 2007). Depois de sua renúncia, em março de 2012, foram eleitos Marco Polo Del Nero (2014), Rogério Caboclo (2018), Ednaldo Rodrigues (2022 e 2025). A décima eleição, neste domingo, acontece apenas 61 dias após a última, anulada por denúncias de falsificação de assinatura de um vice-presidente na homologação do acordo que validou o pleito de 2022.
Até mesmo a única disputa com dois candidatos foi marcada por denúncias de corrupção. Antônio Aquino Lopes, presidente da Federação do Acre, era um dos acusados de vender seu voto. Com receio de empate numa eleição com 26 eleitores — só havia 26 federações — o candidato da oposição, Nabi Abi Chedid, decidiu inverter a chapa. Octávio Pinto Guimarães tinha câncer e estava condenado pelos médicos. A ideia de Nabi foi a de que assumiria depois da morte de Octávio. Eleito por um voto de vantagem e um anulado.
Octávio governou até o fim de seu mandato. Morreu um ano e meio depois da eleição de Ricardo Teixeira.
A eleição de hoje terá só um candidato, porque Samir Xaud conseguiu apoio de 25 federações estaduais e um eventual opositor precisaria de assinaturas de oito federações. Reinaldo Carneiro Bastos conseguiu apoio de 30 clubes. Com mais seis assinatura de clubes das Séries A e B inviabilizaria a candidatura de Xaud. No entanto, Amazonas, Botafogo, CRB, Criciúma, Grêmio, Palmeiras, Paysandu, Remo, Vasco e Volta Redonda aderiram à candidatura do futuro presidente da Federação Roraimense de Futebol.
Samir Xaud foi eleito presidente da Federação de Roraima, mas só tomaria posse em 2027. Nunca assumiu o posto de presidente de nenhuma federação.
Tem apoio do Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que tem o ministro do STF, Gilmar Mendes, como sócio fundador.
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