Os homens invisíveis das eleições da CBF

Estava na chapa de Ednaldo Rodrigues, em sua reeleição em 24 de março.

Dos oito vice-presidentes inscritos na chapa da reeleição, há 58 dias, sobreviveram apenas o presidente da Federação Amazonense, Ednaílson Rozenha, da Federação Catarinense, Rubens Angelotti, e Gustavo Dias Henrique.

Diferentemente dos demais sobreviventes, Gustavo Dias Henrique não é dirigente do futebol. É presidente da Biotic S/A, subsidiária da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal.

Não parece, mas a CBF está em Brasília, apesar de seu endereço informar avenida Luís Carlos Prestes, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Entre os integrantes da nova chapa, também não são presidentes de federações os candidatos a vice-presidente Fernando Sarney e Flávio Zveiter.

Mas é conhecida a atuação de Zveiter e de sua família no STJD e no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Também sua atuação como sócio da Codajás, empresa que participou da criação da Liga Brasileira (Libra).

Fernando Sarney também não é presidente de federação, mas teve atuação como vice-presidente desde a gestão de Ricardo Teixeira.

E influência direta na queda de Ednaldo Rodrigues, a quem se pretende atribuir um cargo de consultor da CBF.

O outro nome invisível é o de Raphael Carvalho. Professor do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), tem trânsito no gabinete do ministro Gilmar Mendes, no STF.

Depois de visita do ex-presidente José Sarney e de seu filho Fernando a Brasília, Raphael Carvalho recebeu pedido para dar informações sobre quem, nas assembleias da CBF, parecia ser jovem e promissor.

Raphael Carvalho deu ideias. Os presidentes de federações do Pará, Acre, Amazonas, Roraima....

Bingo!

Samir Xaud foi bem avaliado.

É quase o novo presidente da CBF.

Quem não está nada satisfeito com o processo e pouco disposto a conhecer o novo mandatário, ao menos neste momento, é o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.