Por que Samir Xaud é a pior escolha para o futuro do futebol brasileiro
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Samir Xaud é o futuro presidente da Federação de Futebol de Roraima.
Não é nem sequer o atual mandatário.
Eleito em janeiro de 2025, assumirá o cargo em 2027, após 40 anos de mandato de seu pai, Zeca Xaud.
A Federação de Roraima nunca teve um clube nem na Série A, nem na Série B.
Tem apenas dez clubes filiados. No Brasil, há 778 inscritos!
Nada contra a região Norte, que precisa ser mais forte. Mas antes de ser presidente da CBF é preciso ter experiência numa federação grande.
É o mínimo.
Há dirigentes de grandes clubes do Rio de Janeiro telefonando para outros presidentes na defesa de Samir Xaud.
Na possível chapa de Samir Xaud, debate-se a possibilidade de Flávio Zveiter como CEO.
Zveiter é sócio da empresa Codajás, que intermediava os contratos da Libra, quando se tornou diretor de novos negócios de Ednaldo Rodrigues na CBF.
Três meses depois da ruptura entre Zveiter e Ednaldo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou o afastamento do presidente da CBF.
Foi quando Gilmar Mendes entrou em ação com uma liminar que devolveu o cargo a Ednaldo.
Ao final de 16 meses da liminar, percebendo a situação insustentável por uma assinatura supostamente falsa, devolveu o caso ao TJ-RJ.
Ontem, o ministro Gilmar Mendes afirmou ser sócio do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa),
No dia seguinte à queda de Ednaldo, anuncia-se a composição de Samir Xaud para presidente. Especula-se com Flávio Zveiter como CEO.
Entre os clubes, há a tentativa de articulação por um candidato, seja um presidente de federação, seja um dirigente de clube.
Estão no Rio de Janeiro, sabendo que as federações se articularam mais rapidamente, com o apoio de gente ligada ao IDP.
O IDP parece indicar Samir Xaud, com Flávio Zveiter para CEO.
E os clubes estão entre os que tentam se articular e os que tentam pular do barco.
Leila Pereira estava com Ednaldo Rodrigues em Assunção, no Congresso da Fifa. Dezenove federações estaduais estavam com Ednaldo há 52 dias, avalizando sua gestão por unanimidade. Agora estão se articulando para a nova eleição, com Ednaldo longe.
Leila está com as federações que traíram Ednaldo ou com os clubes?
Os clubes olham uns para outros alguns de forma suspeita. Palmeiras, Botafogo, Vasco... Vão apoiar a decisão conjunta dos 40 clubes, para tentarem eleger um novo presidente. Ou alguns presidentes de clubes trairão o movimento clubista, para avalizar que se crie na CBF uma extensão do IDP?
No meio de tudo, Fernando Sarney é o interventor, que não negará se for convocado a ser o máximo dirigente.
Enquanto isso, o IDP quer ser dono da CBF.
O Brasil vai permitir?
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